A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou nesta quarta-feira que está analisando os ruídos detectados há poucas horas na área de busca pelo submersível que desapareceu no último domingo com cinco pessoas a bordo enquanto se dirigia aos restos do Titanic.
Em entrevista à emissora CBS News, o contra-almirante da Guarda Costeira dos EUA, John Mauger, explicou que várias bóias de sonar implantadas por aeronaves detectaram “ruído na água” no dia anterior.
“Não sabemos a origem desse ruído, mas compartilhamos essa informação com especialistas da Marinha, que estão tentando localizar a origem desses ruídos”, destacou.
Questionado sobre o quão frequente é encontrar sons no mar, Mauger especificou que a área onde o Titanic afundou é “um local incrivelmente complexo” onde “há muito metal e diversos objetos na água”.
“Por isso é tão importante contratarmos especialistas da Marinha que entendam a ciência por trás do ruído e possam classificar ou nos dar melhores informações sobre qual pode ser a fonte desse ruído”, insistiu.
O contra-almirante afirmou que “enquanto houver hipótese de sobrevivência” vão continuar os trabalhos para tentar localizar o submersível, pertencente à empresa OceanGate Expeditions, que comunicou seu desaparecimento às autoridades no último domingo.
Cinco pessoas estão a bordo: o empresário paquistanês Shahzada Dawood, seu filho Suleman, o explorador britânico Hamish Harding, o explorador francês Paul-Henry Nargeolet e o diretor-executivo da OceanGate, Stockton Rush.
A Guarda Costeira dos EUA iniciou uma extensa operação de busca no domingo com a ajuda do Canadá para localizar o dispositivo em uma área localizada a aproximadamente 1.450 quilômetros de Cape Cod, em Massachusetts.
O veículo poderia tanto estar na superfície ou debaixo d’água, a uma profundidade de cerca de 4.000 metros.
Em uma coletiva de imprensa na terça-feira, o capitão da Guarda Costeira Jamie Frederick explicou que a tripulação do submarino desaparecido tinha apenas 40 horas de oxigênio restantes, até a manhã de quinta-feira.
Os restos do Titanic, que afundou após colidir com um iceberg em 1912, estão a uma profundidade de cerca de 3.800 metros e a uma distância de aproximadamente 640 quilômetros da ilha canadense de Newfoundland.
A OceanGate Expeditions é a única empresa que possui um veículo submersível capaz de chegar ao fundo do oceano para ver de perto os restos do Titanic.
Em seu site, a empresa oferece viagens de oito dias e sete noites para visitar o local a um preço aproximado de US$ 250 mil.
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