China e Rússia estão se unindo contra os Estados Unidos e seus aliados, independentemente da ausência de um tratado oficial entre Pequim e Moscou, segundo um especialista.
“Este pode ser um casamento de conveniência, mas às vezes isso será suficiente para causar muitos problemas ao mundo civilizado”, disse Grant Newsham, membro sênior do centro de estudos de Políticas de Segurança.
“Eles já têm uma espécie de aliança… há uma cooperação real entre essas duas ditaduras.”
Newsham fez os comentários durante uma entrevista em 13 de setembro com a NTD, a mídia irmã do Epoch Times. A entrevista ocorreu poucos dias antes de uma reunião presencial entre o líder chinês Xi Jinping e o presidente russo Vladimir Putin.
Diplomatas chineses e russos disseram que os líderes aproveitaram a ocasião para discutir a Ucrânia e Taiwan, bem como planejar a melhor forma de mudar a trajetória da ordem internacional.
Especialistas como Newsham estão preocupados com o aumento da cooperação entre as duas potências no horizonte.
“O importante é sempre ter em mente que, embora eles não tenham assinado um acordo, este é definitivamente um encontro de mentes entre dois países que não têm nada de bom reservado para democracias e liberdade”, disse Newsham.
A reunião Putin-Xi também segue de perto uma contraofensiva ucraniana que recuperou um décimo do território ocupado pelas forças russas. Como tal, Putin pode estar mais ansioso do que antes para consolidar os laços com o Partido Comunista Chinês (PCCh), mesmo que isso signifique fazê-lo como um parceiro menor.
Para a Rússia, o encontro é uma oportunidade de demonstrar ao mundo que não está isolada. Para o PCCh, oferece a chance de defender uma alternativa liderada pela China à ordem internacional baseada em regras.
Segundo Newsham, é mais um símbolo da crescente aliança entre as duas potências e outro indicador de que a China está mais do que disposta a dar cobertura à agressão russa.
“Quando o ataque começou na Ucrânia, os chineses realmente emitiram ordens ao Ministério da Propaganda e aos meios de comunicação para não dizer nada de ruim sobre a Rússia, porque quando chegar a hora de Taiwan, todos nós queremos o apoio russo.
“Portanto, essa disposição de manter a boca fechada e chamar os russos pelo que fizeram é imensamente valiosa para os russos.”
Além disso, Newsham disse que o PCCh estava observando e aprendendo com as estratégicas da Rússia na Ucrânia e usando suas observações recém-colhidas para se preparar para sua própria invasão de Taiwan.
“[O PCCh] está observando esse ataque desde o início e calculando como ele realmente funcionaria com Taiwan e o que não funcionou bem para os russos. Isso tem sido bastante óbvio”, disse Newsham.
Para esse fim, Newsham advertiu que a liderança do PCCh não veria os muitos fracassos da Rússia na Ucrânia como uma razão para se abster da guerra com Taiwan, mas sim acreditaria ser capaz de ter um desempenho melhor.
“Infelizmente, o que os chineses vão fazer é olhar para o que eles acham que os russos fizeram de errado, e eles vão tentar fazer melhor, ou de forma diferente”, disse Newsham.
“Eu não acho que isso realmente mude a mente de Xi Jinping sobre tomar e escravizar Taiwan se ele puder.”
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