A Espanha pediu nesta terça-feira ao Ministério Público do Tribunal Penal Internacional (TPI) e à Ucrânia que investiguem como crime de guerra a morte da voluntária espanhola Emma Igual, ocorrida no último domingo após o impacto de um projétil russo em território ucraniano.
O anúncio foi feito nesta terça-feira em Estrasburgo, na França, pelo ministro interino das Relações Exteriores espanhol, José Manuel Albares.
Ele contou a jornalistas que assinou duas cartas hoje: uma endereçada ao TPI, com sede em Haia, e a outra ao ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dimitri Kuleba, para que ambos investiguem a morte da trabalhadora humanitária como crime de guerra.
O chanceler espanhol declarou que, embora não tenha dúvidas sobre de quem seja a responsabilidade pela morte da voluntária, para que esse crime não fique impune é necessário fazer as coisas corretamente e deixar que os Ministérios Públicos de TPI e Ucrânia se pronunciem, a fim de que não haja dúvidas a esse respeito.
“A Espanha está disposta a colaborar com os procuradores-chefe de TPI e Ucrânia, até mesmo com recursos humanos, para tentar esclarecer e ir até o final”, disse Albares, que está em contato com os pais da voluntária.
“São os procuradores-chefe de TPI e Ucrânia que devem se pronunciar sobre a morte da espanhola e de todas as vítimas da guerra de agressão da Rússia”, enfatizou.
Também nesta terça-feira, o governo espanhol reconheceu o trabalho humanitário de Emma, e lhe concedeu postumamente a Grã-Cruz da Ordem de Isabel, a Católica.
O trabalho da voluntária na Ucrânia era retirar cidadãos de áreas de maior risco, de acordo com o governo espanhol.
A trabalhadora humanitária catalã morreu quando o carro em que viajava explodiu e se desintegrou após ser atingido por um projétil russo.
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