O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, propôs neste domingo (11) ao seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, a ampliação das funções do corredor de exportação de grãos da Ucrânia, estabelecido no último mês de julho, para também transportar outras matérias-primas por esta rota.
Durante uma conversa por telefone, Erdogan lembrou que 13 milhões de toneladas de cereais foram exportadas da Ucrânia até agora, segundo informa um comunicado da presidência turca, citado pela agência “Anadolu”.
O presidente turco propôs a Putin expandir as funções do corredor para incluir também a exportação de outros produtos alimentícios e gradualmente de outras matérias-primas, detalhou o comunicado.
Das 13,7 milhões de toneladas exportadas até agora dos três portos ucranianos incluídos no acordo, quase a metade, cerca de 5,8 milhões de toneladas, é de milho.
Outros 22% correspondem a produtos agrícolas que não são cereais, principalmente colza, óleo de girassol e soja, segundo dados da ONU, que mediou este acordo entre Kiev e Moscou juntamente com a Turquia.
Por sua vez, Putin reiterou a Erdogan a necessidade de o acordo para a exportação de grãos através dos portos ucranianos ser cumprido em sua totalidade e de se remover barreiras aos suprimentos agrícolas e fertilizantes russos.
“Este acordo é de natureza complexa e requer a remoção de barreiras aos suprimentos relevantes da Rússia para atender às necessidades dos países mais necessitados”, enfatizou o Kremlin após a conversa telefônica.
A presidência russa, por outro lado, não revelou a posição de Putin sobre a proposta de Erdogan para ampliar as funções do corredor de exportação de cereais ucranianos.
Também neste domingo, Erdogan conversou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com quem falou não apenas sobre o corredor marítimo de exportação, mas também mostrou interesse pelos órfãos causados pela guerra.
Além disso, expressou seu desejo de que a disputa sobre a usina nuclear de Zaporizhzhya, ocupada pela Rússia desde março, seja resolvida em breve, informou a presidência turca em sua nota.
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) propõe há meses às duas partes opostas a criação de uma zona de segurança ao redor da usina para evitar um acidente atômico.
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