Por Agência EFE
A equipe do presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, pediu na segunda-feira ao regime Nicolás Maduro que respeite os direitos humanos de pelo menos dez detidos nos últimos dois dias após a suposta “invasão frustrada” da costa do Caribe e a quem o Executivo descreve como “mercenários”.
“Exigimos respeito pelos direitos humanos e garantias fundamentais das pessoas capturadas nas últimas horas. A história da ditadura de Nicolás Maduro inclui tortura, desaparecimentos forçados e execuções extrajudiciais”, lê um comunicado da equipe de Guaidó, que assina como o“ governo legítimo” da Venezuela.
Oito pessoas foram presas na segunda-feira em uma pequena cidade costeira do estado central de Aragua, e foram classificados como “mercenários” pelo regime de Maduro, enquanto no domingo mais duas foram presas e oito morreram na tentativa de uma “invasão frustrada”, segundo as autoridades.
Nesse sentido, a equipe de Guaidó explicou que tanto o comissário de direitos humanos quanto as comissões competentes da Assembleia Nacional (AN, Parlamento) ativarão os “mecanismos internacionais de pressão que tentam contribuir para a busca por justiça no país para evitar situações como tortura e tratamento cruel”.
A Venezuela “não merece viver em ansiedade constante pela vida dos venezuelanos”, acrescentou a declaração, antes de enfatizar que os jovens “não merecem sofrer os riscos e as consequências de enfrentar uma ditadura sangrenta”.
No mesmo domingo, a oposição venezuelana, liderada por Guaidó, se distanciou do suposto ataque frustrado naquele mesmo dia nas costas próximas a Caracas e presumiu que fosse um “falso positivo” criado pelo regime de Maduro para agir contra aqueles que eles são politicamente contrários a ele.
O que aconteceu no estado de La Guaira, que o executivo descreveu como uma invasão marítima frustrada, é sobre “militares ou civis supostamente executados extrajudicialmente pela ditadura e seus corpos foram usados para criar um falso saldo positivo”, diz uma declaração da oposição.
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