Por Emel Akan, Epoch Times
Falando na Câmara de Comércio dos Estados Unidos antes de sua participação na delegação de comércio para a China, o representante de comércio norte-americano, Robert Lighthizer, disse que resolver a disputa comercial com os chineses será uma tarefa desafiadora.
“Estou sempre esperando, mas nem sempre com esperança. Então, isso é realmente um grande desafio”, disse ele em 1º de maio ao falar sobre as possibilidades de chegar a um acordo durante as reuniões que se realizarão na China com início na data de hoje (3).
O presidente Donald Trump propôs impor 50 bilhões de dólares em tarifas sobre os produtos chineses em 22 de março. A administração estipulou em 3 de abril mais de 1.300 bens importados que poderão pagar tarifas de 25%.
Segundo Lighthizer, os principais pontos a serem abordados pela delegação norte-americana durante as negociações serão: acabar com o problema do roubo de propriedade intelectual e abrir o mercado chinês às empresas norte-americanas em muitas áreas, incluindo agricultura, indústria e serviços financeiros.
“A China tem se apropriado de aproximadamente 300 bilhões de dólares por ano de nossa propriedade intelectual, o que é algo que nós não podemos permitir”, disse Stephen Moore, economista na The Heritage Foundation e ex-assessor econômico da campanha presidencial de Trump em 2016, em declaração à New Tang Dinasty Television (NTD TV, mídia pertencente ao Epoch Media Group).
As medidas punitivas de Trump incluem restringir o investimento chinês nos Estados Unidos e impor tarifas aos produtos chineses.
Trump também pediu ao Secretário do Tesouro para propor uma ação para frear as aquisições ou investimentos injustos nos Estados Unidos que são executados pela China. As empresas chinesas que procuram investir nos Estados Unidos acreditam frequentemente que atuam sob a direção do regime.
“É loucura permitir que o Capitalismo de Estado entre e compre nossa tecnologia”, disse Lighthizer. As empresas estrangeiras não podem adquirir as joias da coroa da tecnologia, então os chineses devem ter as mesmas limitações nos Estados Unidos, ele argumentou.
As administrações precedentes advertiram a China, mas fizeram vista grossa para suas práticas comerciais desleais, segundo Moore.
“Este é um grande momento para a relação dos dois países”, disse ele. “Não é tão complicado para a China fazer algumas concessões e não acho que Trump esteja pedindo o impossível”.