Por Agência EFE
O governo equatoriano alertou a China de que aplicará sua soberania marítima ao redor do arquipélago de Galápagos, a cerca de 1.000 quilômetros da costa continental, dada a proximidade das águas de uma frota de pesca daquele país.
“O Ministério das Relações Exteriores do Equador fez esforços em Pequim e Quito para divulgar às autoridades chinesas que o Equador reforça seus direitos marítimos sem diferença de bandeiras”, disse o ministro das Relações Exteriores Luis Gallegos na quinta-feira em um comunicado divulgado pela agência de seu escritório onde ele alerta que “esses direitos não são violados”.
O ministro lembrou as palavras de seu colega de defesa, Oswaldo Jarrín, em entrevista coletiva horas antes, na qual assegurou que “nenhum navio chinês ou de outra nacionalidade entrou na Zona Econômica Exclusiva, nem na ilha nem no território do Equador”.
É uma frota pesqueira de mais de 250 barcos, principalmente sob a bandeira chinesa, que navega em águas internacionais entre o Equador continental e o Arquipélago de Galápagos, e é monitorada pela Marinha no caso de violar as águas territoriais equatorianas.
Gallegos reiterou que, por via diplomática, essa posição soberana foi divulgada às autoridades da China e a todas as nacionalidades dos navios cujas bandeiras estão presentes na frota de pesca internacional no Pacífico equatorial.
Em 2017, um navio de uma frota semelhante entrou em uma reserva natural nas águas do Equador e foi interceptado pela Marinha com um embarque de espécies proibidas e em risco de extinção, para o qual o país andino levou sua tripulação a julgamento e confiscou o navio.
De acordo com a declaração do Ministério das Relações Exteriores, o regime chinês garantiu que “nenhum navio dessa nacionalidade entrará na Zona Econômica Exclusiva do Equador e menos nas águas da Reserva Marinha de Galápagos”.
O primeiro se estende por 200 milhas ao redor do arquipélago, enquanto o segundo atinge 40 milhas.
O ministro destacou que o Ministério das Relações Exteriores está usando todos os recursos do direito internacional para proteger seus direitos e que realizará “consultas com os países ribeirinhos do Pacífico, especialmente Costa Rica, Panamá, Colômbia e Peru, para avançar em soluções conjuntas e intensificar acções diplomáticas destinadas a combater a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada”.
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