Empresário argentino mantinha quase 100 animais ilegalmente em sua casa, incluindo um tigre de Bengala

Imprensa local comparou empresário a Pablo Escobar, traficante de drogas mais famoso da história, que possuía um zoológico pessoal onde havia até mesmo hipopótamos

10/11/2018 14:46 Atualizado: 10/11/2018 14:46

Por Jesús de León, Epoch Times

Um empresário argentino está sendo processado por manter quase 100 animais em sua propriedade sem documentação que comprove sua origem, os quais foram confiscados.

O empresário, cuja identidade não foi revelada, tinha, em um complexo residencial privado, 8 araras vermelhas, 6 araras amarelas, 3 tucanos, 2 araras azuis, 19 flamingos, 2 emas — pássaro australiano semelhante ao avestruz.

A operação foi realizada como resultado de uma investigação conjunta com a polícia ambiental, e foi executada com a subdelegação de investigações de Olavarría e as delegações de crimes ambientais da Polícia Federal da Argentina, informou o Ministério do Meio Ambiente daquele país.

(Ministério do Meio Ambiente)
(Ministério do Meio Ambiente da Argentina)

“O ‘mascotismo’ é uma atividade ilegal que remove os animais do seu habitat e coloca suas espécies em perigo de extinção. Nessa oportunidade, junto com as forças policiais e judiciais, encontramos esses animais e os levamos para um abrigo a fim de avaliar seu estado de saúde e, assim, colocá-los em ambientes naturais”, afirmou Juan Trebino, subsecretário de fiscalização e recomposição do Ministério do Meio Ambiente, em um comunicado do órgão estatal.

Também foram encontrados aproximadamente 40 cervos, 4 cisnes de pescoço preto e 3 cisnes coscoroba.

(Ministério do Meio Ambiente)
(Ministério do Meio Ambiente da Argentina)

Ele também possuía um tigre de Bengala que estava em um estado deteriorado de conservação.

Os espécimes estavam em jaulas. Vários deles estão amparados pela CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Silvestres), um acordo internacional cuja finalidade é garantir que o comércio internacional de espécimes de animais e plantas silvestres não constitua uma ameaça à sua sobrevivência.

(Ministério do Meio Ambiente)
(Ministério do Meio Ambiente da Argentina)

“O proprietário não tinha a documentação que comprovasse a origem dos animais, de forma que ele violou a Lei nº 22.421 da Conservação da Fauna que sanciona o armazenamento, o transporte, a compra, a venda e a industrialização de produtos da caça”, adicionou Juan Trebino.

Na mídia local argentina, esse empresário foi comparado a Pablo Escobar, o traficante de drogas mais famoso da história, que se permitiu certas extravagâncias, como ter um zoológico pessoal onde havia até mesmo hipopótamos.