Por Ivan Pentchoukov, Epoch Times
Cerca de 313 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho dos Estados Unidos em fevereiro, superando a expectativa estabelecida pelos economistas de 205 mil. É mais do que 50% de diferença.
O último boletim sobre as estatísticas de emprego acabou por ser uma vitória para o presidente Donald Trump, que prometeu recuperar o trabalho perdido nos últimos anos. Esta notícia fez as ações subirem, e provocou uma série de tuíts em comemoração por parte do presidente.
“Empregos! Empregos!”, escreveu Trump em seu Twitter, acrescentando a hashtag “Make America Great Again” (Fazendo a América Grande Outra Vez).
O índice Dow Jones Industrial Average reagiu com uma alta de 150 pontos, a partir de um valor negativo antes da notícia.
A maioria dos novos empregos foram destinados a setores administrativos. Cerca de 61 mil pessoas começaram a trabalhar na construção civil e 50 mil em serviços comerciais, profissionais e empresariais.
Outras 31 mil pessoas entraram no setor fabril, 28 mil em atividades financeiras, 19 mil no setor de saúde e, finalmente, 9 mil na mineração.
O número total de norte-americanos empregados aumentou para o recorde de 155,2 milhões. O número de afro-americanos empregados também apresentou a marca recorde de 19,087 milhões em fevereiro, bem como a de mulheres empregadas com idade de 16 anos, que totalizou 72,53 milhões.
Trump fez, em sua campanha presidencial, a promessa de recuperar os empregos nos Estados Unidos. Desde que assumiu o cargo, o presidente iniciou uma vasta gama de reformas econômicas e administrativas com esse objetivo.
A principal delas foi a aprovação de um projeto de lei de reforma tributária que reduziu os impostos em 90% para os trabalhadores norte-americanos, e também reduziu a carga fiscal sobre as empresas em todas as áreas. A administração Trump também está cortando regulamentos governamentais em um ritmo recorde.
No dia anterior à divulgação das estatísticas de emprego, Trump impôs tarifas sobre as importações de aço e alumínio, com o objetivo de proteger as empresas norte-americanas de uma avalanche de importações subsidiadas e preços desleais de países como a China.
Os fabricantes de aço e alumínio reativaram suas fábricas e chamaram seus trabalhadores quando Trump avisou que o anúncio seria feito.
O Departamento do Trabalho, que prepara o relatório mensal sobre os empregos, também revisou os informes de meses anteriores, e observou que houve um aumento médio no número de empregos de 242 mil por mês nos últimos três meses.
“A tendência de aumento dos empregos permanece intacta, e está marcando o que tem sido um grande começo de ano”, disse Mike Loewengart, vice-presidente de estratégia de investimentos, para a CNBC.
De acordo com o Bespoke Investment Group, o informe de fevereiro excedeu as expectativas com a maior margem desde junho de 2009.
Ao mesmo tempo a taxa de desemprego permanece em 4,1%, a mais baixa em 17 anos.
A porcentagem de norte-americanos que participaram do mercado de trabalho em fevereiro foi de 63%, uma estatística que tem se mantido inalterada nos últimos quatro anos, informou a CNS News.
No entanto, o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, esclareceu ao Congresso no mês passado que os relatórios sobre o aumento de empregos continuam sendo um sinal de crescimento no mercado de trabalho, “já que os Baby Boomers (grande número de nascido entre 1945 e 1964) aposentados estão pressionando a baixa taxa de participação”.