Empregos aumentam e ações disparam à medida que Trump continua superando expectativas

Taxa de desemprego permanece em 4,1%, a mais baixa em 17 anos

12/03/2018 17:29 Atualizado: 12/03/2018 17:29

Por Ivan Pentchoukov, Epoch Times

Cerca de 313 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho dos Estados Unidos em fevereiro, superando a expectativa estabelecida pelos economistas de 205 mil. É mais do que 50% de diferença.

O último boletim sobre as estatísticas de emprego acabou por ser uma vitória para o presidente Donald Trump, que prometeu recuperar o trabalho perdido nos últimos anos. Esta notícia fez as ações subirem, e provocou uma série de tuíts em comemoração por parte do presidente.

“Empregos! Empregos!”, escreveu Trump em seu Twitter, acrescentando a hashtag “Make America Great Again” (Fazendo a América Grande Outra Vez).

O índice Dow Jones Industrial Average reagiu com uma alta de 150 pontos, a partir de um valor negativo antes da notícia.

Presidente Donald Trump fala para funcionários da H&K Equipment en Coraopolis, na Pensilvânia, em 18 de janeiro de 2018 (Charlotte Cuthbertson/Epoch Times)
Presidente Donald Trump fala para funcionários da H&K Equipment en Coraopolis, na Pensilvânia, em 18 de janeiro de 2018 (Charlotte Cuthbertson/Epoch Times)

A maioria dos novos empregos foram destinados a setores administrativos. Cerca de 61 mil pessoas começaram a trabalhar na construção civil e 50 mil em serviços comerciais, profissionais e empresariais.

Outras 31 mil pessoas entraram no setor fabril, 28 mil em atividades financeiras, 19 mil no setor de saúde e, finalmente, 9 mil na mineração.

O número total de norte-americanos empregados aumentou para o recorde de 155,2 milhões. O número de afro-americanos empregados também apresentou a marca recorde de 19,087 milhões em fevereiro, bem como a de mulheres empregadas com idade de 16 anos, que totalizou 72,53 milhões.

Trump fez, em sua campanha presidencial, a promessa de recuperar os empregos nos Estados Unidos. Desde que assumiu o cargo, o presidente iniciou uma vasta gama de reformas econômicas e administrativas com esse objetivo.

A principal delas foi a aprovação de um projeto de lei de reforma tributária que reduziu os impostos em 90% para os trabalhadores norte-americanos, e também reduziu a carga fiscal sobre as empresas em todas as áreas. A administração Trump também está cortando regulamentos governamentais em um ritmo recorde.

Presidente Donald Trump inspeciona máquina agrícola fabricada pela Caterpillar enquanto percorre uma mostra de produtos "Made in America" com o vice-presidente Mike Pence no Jardim Sul da Casa Branca em Washington, DC, em 17 de julho de 2017. Fabricantes norte-americanos representando cada um dos 50 estados participaram da amostra, incluindo Bully Tools, Cheerwine, Stetson, Simms e RMA Armament, Charles Machine Works, Honckley Yachts, Altec Inc., Caterpillar, Pierce Manufacturing e outros (Chip Somodevilla/Getty Images)
Presidente Donald Trump inspeciona máquina agrícola fabricada pela Caterpillar enquanto percorre uma mostra de produtos “Made in America” com o vice-presidente Mike Pence no Jardim Sul da Casa Branca em Washington, DC, em 17 de julho de 2017. Fabricantes norte-americanos representando cada um dos 50 estados participaram da amostra, incluindo Bully Tools, Cheerwine, Stetson, Simms e RMA Armament, Charles Machine Works, Honckley Yachts, Altec Inc., Caterpillar, Pierce Manufacturing e outros (Chip Somodevilla/Getty Images)

No dia anterior à divulgação das estatísticas de emprego, Trump impôs tarifas sobre as importações de aço e alumínio, com o objetivo de proteger as empresas norte-americanas de uma avalanche de importações subsidiadas e preços desleais de países como a China.

Os fabricantes de aço e alumínio reativaram suas fábricas e chamaram seus trabalhadores quando Trump avisou que o anúncio seria feito.

O Departamento do Trabalho, que prepara o relatório mensal sobre os empregos, também revisou os informes de meses anteriores, e observou que houve um aumento médio no número de empregos de 242 mil por mês nos últimos três meses.

“A tendência de aumento dos empregos permanece intacta, e está marcando o que tem sido um grande começo de ano”, disse Mike Loewengart, vice-presidente de estratégia de investimentos, para a CNBC.

De acordo com o Bespoke Investment Group, o informe de fevereiro excedeu as expectativas com a maior margem desde junho de 2009.

Ao mesmo tempo a taxa de desemprego permanece em 4,1%, a mais baixa em 17 anos.

A porcentagem de norte-americanos que participaram do mercado de trabalho em fevereiro foi de 63%, uma estatística que tem se mantido inalterada nos últimos quatro anos, informou a CNS News.

No entanto, o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, esclareceu ao Congresso no mês passado que os relatórios sobre o aumento de empregos continuam sendo um sinal de crescimento no mercado de trabalho, “já que os Baby Boomers (grande número de nascido entre 1945 e 1964) aposentados estão pressionando a baixa taxa de participação”.