A Embaixada do Brasil no Líbano, em um comunicado do dia 1° de agosto, orientou os brasileiros a deixarem o país devido à crescente tensão na região. Simultaneamente, a Embaixada dos EUA em Beirute também emitiu um comunicado no sábado (3) orientando os cidadãos americanos a saírem do Líbano, oferecendo assistência financeira para repatriação e enfatizando a necessidade de planos de contingência e preparação para emergências.
A Embaixada do Brasil recomendou que os cidadãos evitem viajar ao Líbano se não estiverem no país e que considerem sair por meios próprios até que a situação se normalize. Para aqueles que consideram essencial permanecer no Líbano, é recomendado evitar o sul do país, que faz fronteira com Israel, e outras regiões reconhecidas como de risco.
Os brasileiros devem manter seus documentos de viagem, como passaporte, com pelo menos seis meses de validade, além de ter documentos de nacionalidade brasileira ou uma identidade válida, seja brasileira ou libanesa. A embaixada também pediu que todos mantenham seus dados de registro atualizados com a Seção Consular, através de um formulário disponível online.
A Embaixada dos EUA em Beirute alertou que algumas companhias aéreas suspenderam ou cancelaram voos, mas ainda há opções de transporte disponíveis. A embaixada encorajou os cidadãos a reservarem qualquer passagem disponível, mesmo que não seja a rota de sua preferência.
Cidadãos americanos que precisam de assistência financeira para retornar aos Estados Unidos podem solicitar ajuda via empréstimos de repatriação.
A embaixada americana recomendou que os cidadãos que optarem por não deixar o Líbano estejam preparados para situações de emergência, mantendo seus planos de contingência e estando prontos para abrigar-se no local se a situação se deteriorar.
Outras recomendações incluem manter o celular carregado, exercer cautela, monitorar notícias para atualizações sobre a segurança interna e revisar os planos de segurança pessoal.
Motivo das tensões
Recentemente, Ismail Haniyeh, um dos principais líderes do grupo terrorista Hamas, foi assassinado no Irã. Haniyeh era uma figura central no movimento anti-sionista, e sua morte gerou uma resposta de vários grupos na região, contribuindo para o aumento da tensão.
Além disso, o Hezbollah prometeu retaliação após o assassinato de seus líderes, incluindo o chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh e o comandante Fuad Shukr, em Teerã. Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, declarou que o conflito com Israel entrou em uma “nova fase” e prometeu vingança contra Israel e os EUA.
Os assassinatos e a subsequente promessa de vingança por parte do Hezbollah elevaram os níveis de alerta e preocupação tanto no Líbano quanto internacionalmente. A combinação desses eventos criou um ambiente de incerteza e potencial para novos conflitos, justificando as orientações para que os cidadãos brasileiros e americanos considerem deixar o Líbano.