Por Pachi Valencia
A Embaixada de Israel no Paraguai denunciou que o avião iraniano-venezuelano e sua tripulação, que vêm sendo investigados pela justiça argentina, estão “diretamente envolvidos” com organizações terroristas.
Israel indicou que ainda está alerta e “preocupado” quanto ao caso do avião iraniano-venezuelano pertencente a uma companhia aérea sancionada pelo governo dos EUA.
“Este avião foi usado até recentemente pela empresa iraniana Mahan Air, que opera voos para a Força Quds na rota entre Teerã e Damasco”, disse o Ministério das Relações Exteriores de Israel em uma declaração de 22 de junho.
“No avião que pousou na Argentina, havia iranianos diretamente envolvidos com o tráfico de armas para a Síria e para a organização terrorista Hezbollah, no Líbano”, continuou.
“Até o capitão do avião é um executivo sênior da companhia aérea iraniana Qeshm Fars Air”, acrescentou.
O Boeing 747 Dreamliner era de propriedade da empresa iraniana Mahan Air e atualmente pertence à Emtrasur – subsidiária do Consórcio Venezuelano de Indústrias Aeronáuticas e Serviços Aéreos (Conviasa) – empresas que são sancionadas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
Entre os iranianos que estavam a bordo do avião da Emtrasur que pousou na Argentina estava o piloto Gholamreza Ghasemi Abbas, que também seria executivo da companhia aérea persa Qeshm Fars Air – empresa utilizada pela Guarda Revolucionária Iraniana para transportar equipamentos militares.
Israel disse estar “particularmente preocupado” com a atividade das companhias aéreas Mahan e Qeshm na América Latina, já que ambas estariam envolvidas no tráfico de armas e pessoas para a Força Quds e estavam sancionadas por terrorismo.
Da mesma forma, destacou a “posição firme” do Paraguai e do Uruguai, que “representa uma mensagem importante para Teerã para que não tente atuar na América do Sul”.
Um procurador argentino pediu na terça-feira para que a investigação da tripulação do avião venezuelano-iraniano retido no país sul-americano seja aprofundada, buscando estabelecer possíveis ligações com o terrorismo.
Da mesma forma, a promotora paraguaia, Sandra Quiñónez, também ordenou a abertura de uma investigação no mesmo dia para saber mais sobre os fatos ocorridos e determinar possíveis atos criminosos.
A aeronave chegou à Argentina no dia 6 de junho vinda do México, após escala na Venezuela, com destino ao aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires, mas teve que fazer uma escala anterior no aeroporto argentino de Córdoba por questões climáticas.
No dia 8 de junho, ele decolou do Ezeiza com destino ao Uruguai para reabastecer, mas pousou novamente no principal aeroporto argentino, porque o país vizinho não autorizou sua aterrisagem.
“Para Israel, este é mais um incidente que demonstra as tentativas do Irã – por meio da Guarda Revolucionária, da Força Quds e do Hezbollah – de continuar a estabelecer sua influência em todo o mundo e na América do Sul, como base de operações para atividades terroristas no continente”, acrescentou a embaixadora.
Com informações da Agência EFE.
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