O grupo terrorista islâmico Hamas anunciou nesta segunda-feira que os reféns Yossi Sharabi, de 53 anos, e Itay Svirsky, de 38, morreram em cativeiro, em um vídeo de propaganda que está sendo divulgado desde domingo.
O grupo mostra os dois reféns pedindo ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que pare a guerra porque eles estão em perigo, no vídeo transmitido em seus canais do Telegram, gravado em data a ser especificada.
A refém Noa Argamani, de 26 anos, que supostamente ainda está viva, conta como seus colegas reféns morreram.
“Eu fui colocada em um prédio. Ele foi bombardeado por um ataque aéreo das Forças de Defesa de Israel (FDI), por um caça F-16. Três foguetes foram disparados. Dois dos foguetes explodiram e o outro não”, explicou a refém.
Noa conta que ela, Itay e Yossi estavam no prédio, junto com terroristas das Brigadas Al Qassam do Hamas, que realizou o brutal ataque de 7 de outubro em Israel, resultando em mais de 1.200 mortos e cerca de 250 sequestrados.
“Depois que o prédio em que estávamos foi atingido, ficamos todos soterrados sob os escombros. Os soldados de Al Qassam salvaram minha vida e a de Itay. Infelizmente, não conseguimos salvar Yossi. Depois de duas noites, Itay e eu fomos levados para outro lugar. Enquanto estávamos sendo transportados, Itay foi atingido por outro ataque aéreo das FDI. Ele não sobreviveu”, continuou Noa, cuja libertação por razões humanitárias foi amplamente solicitada, pois sua mãe foi diagnosticada com câncer terminal.
As FDI ainda não comentaram sobre a veracidade das informações fornecidas no vídeo de propaganda do Hamas.
Antes do relato de Argamani, o vídeo inclui depoimentos de Itay e Yossi, nos quais eles falam das difíceis condições do cativeiro, sem comida e água, e pedem a Netanyahu que acabe com a guerra, declarações que podem ter sido feitas sob pressão.
“Fui abandonado pelo meu governo duas vezes, uma quando fui sequestrado em Beeri e outra agora. Por favor, Netanyahu, acabe com essa guerra e nos leve para casa. As condições são muito difíceis, não temos comida nem água. Estou correndo perigo em toda parte”, disse Itay no início do vídeo.
“À medida que a guerra continua, a situação está ficando mais difícil. Estamos correndo cada vez mais perigo. É por isso que a guerra precisa acabar”, declarou Yossi.
Ainda há 136 reféns na Faixa de Gaza, embora cerca de 25 possam estar mortos, de acordo com as informações coletadas por Israel.