O vice-presidente Geraldo Alckmin anunciou, nesta quarta-feira, que a farmacêutica chinesa Sinovac vai investir US$ 100 milhões este ano no Brasil para a produção de vacinas e o desenvolvimento de terapias celulares.
O também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços afirmou em sua conta na rede social X que a empresa chinesa expandirá suas alianças com seus parceiros locais em vacinas, terapia celular e medicamentos com anticorpos monoclonais.
“Fortalecer o nosso complexo sanitário é uma das missões da nossa política industrial”, disse Alckmin, que está em Pequim para participar hoje e amanhã da VII Sessão Plenária da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN).
O vice-presidente também antecipou a assinatura nesta terça-feira em Pequim, em conjunto com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento do grupo BRICS, a ex-presidente Dilma Rousseff, de um acordo para essa instituição apoiar o Rio Grande do Sul com R$ 2,6 bilhões.
Este valor soma-se aos R$ 3,1 bilhões anunciados há algumas semanas para o estado, recentemente devastado por graves inundações.
Estes fundos serão destinados à reconstrução de estradas, pontes e infraestruturas, segundo detalhou o vice-presidente no X.
Alckmin havia declarado em abril que as exportações brasileiras para a China no ano passado ultrapassaram pela primeira vez US$ 100 bilhões e afirmou que há espaço para expansão.
O vice-presidente também destacou recentemente o trabalho conjunto dos dois países nas três grandes questões que o planeta enfrenta hoje, que são a segurança alimentar, a segurança energética e a segurança climática.
Segundo Alckmin, “a relação entre Brasil e China é um exemplo de sucesso, amizade, parceria, comércio e investimentos”.
Segundo dados oficiais, a China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2008.
O mercado chinês foi destino de 30% das exportações brasileiras em 2023, quando as vendas ao país asiático totalizaram US$ 104 bilhões, compostas principalmente por alimentos e matérias-primas.
A China, por sua vez, mantém investimentos no Brasil que rondam os US$ 40 bilhões, que nos últimos anos têm se centrado sobretudo na área energética, na qual o país asiático pretende aumentar sua participação.