Em nova denúncia, Ryan Hartwig mostra que Facebook não considera incentivo à morte de bebês/fetos como ‘incitação de violência’

18/08/2020 18:48 Atualizado: 18/08/2020 18:48

Por Bruna de Pieri – Terça Livre

Ryan Hartwig, ex-criador de conteúdo da Google, apresentou nesta segunda-feira (17), em que as redes sociais pegam fogo devido ao caso de aborto sofrido pela menina de dez anos, novas denúncias envolvendo o modo como o Facebook modera a plataforma.

Capturas de tela a que o Terça Livre teve acesso mostram como os funcionários da plataforma de Mark Zuckerberg eram orientados a moderar posts dos usuários.

Em uma delas, o Facebook afirma não considerar a defesa do aborto como “incitação de violência”.

A afirmação responde um dos tópicos que questiona se defender a morte de bebês ou fetos em um contexto de aborto deve ser considerado “incitação de violência”.

“Defender a morte de bebês/fetos em um contexto de aborto deve ser ignorado”, diz a resposta. Veja:

Em um outro lembrete interno, um colaborador reforça à equipe que aborto não deve ser considerado “morte violenta”. “Ei, time. Apenas relembrando o que aprendemos da Equipe Facebook que abortos não devem ser considerados como ‘morte violenta’”, diz a mensagem. “Abortos não podem ser ‘cobertos’ como cruel e insensível por morte prematura”.

Denúncias recentes

Uma carta conjunta de denúncia, assinada por Ryan Hartwig e outros dois ex-funcionários do Facebook, foi encaminhada aos membros do Comitê Judiciário da Câmara dos Estados Unidos no final de julho, como noticiou o Terça Livre.

O documento continha uma série de acusações às redes sociais por censura aplicada aos conservadores ou liberais “mais alinhados à direita”, apoiadores de Jair Bolsonaro. O documento foi entregue ao Comitê Judicial da Câmara dos deputados dos Estados Unidos.

Na carta, Zach McElroy, ex-moderador de conteúdo do Facebook, Zach Vorhies, ex-engenheiro de software da Google, e Ryan Hartwig assinam a carta, e todos eles são informantes do Project Veritas. Desde quando trabalhavam nas duas empresas faziam denúncias e registravam o que viam.

Ryan Hartwig obteve permissão do Projeto Veritas para propagar as denúncias desta segunda-feira (17), que são capturas de tela que não foram acrescentadas no vídeo original, que será lançado em breve.

 

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