O presidente da Argentina, Javier Milei, em visita oficial a Israel, pediu nesta quarta-feira a libertação dos 136 reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza, durante um encontro com empresários judeus em Jerusalém.
“O Hamas deve libertar todos os reféns, todos eles e agora”, disse o presidente argentino sobre as pessoas mantidas em cativeiro, entre as quais há pelo menos nove compatriotas sequestrados por 124 dias.
Também estiveram presentes no evento a irmã e secretária do presidente, Karina Milei, a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, e o rabino e “guia espiritual” de Milei, Axel Wahnish, nomeado embaixador em Israel.
Além disso, o presidente argentino garantiu que seu governo está trabalhando para designar o Hamas como organização terrorista e aproveitou o fórum empresarial para enfatizar que “onde chega o comércio, as balas não vêm”.
Milei também reforçou sua intenção de transferir a embaixada argentina de Tel Aviv para Jerusalém, um movimento controverso na comunidade internacional, já que, quando Israel anexou unilateralmente Jerusalém Oriental em 1980 – ocupada desde 1967 -, as embaixadas foram transferidas para Tel Aviv em protesto enquanto estivesse pendente o processo definição do status da cidade.
Depois de se reunir esta manhã com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, Milei visitará amanhã o kibutz Nir Oz – um dos mais massacrados pelo Hamas em 7 de outubro e onde vivia uma grande comunidade de israelenses-argentinos – junto com o presidente israelense, Isaac Herzog, com quem já se encontrou ontem em Jerusalém depois de rezar no Muro das Lamentações.