Em Israel, Blinken defende o resgate de reféns do Hamas e a proteção de civis em Gaza

Por agência efe e renato pernambucano
03/11/2023 13:24 Atualizado: 03/11/2023 13:25

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse nesta sexta-feira em Tel Aviv que seu país fará “todo o possível” para resgatar os reféns capturados pelo grupo terrorista islâmico Hamas no seu ataque contra Israel, ao mesmo tempo em que defendeu a proteção dos civis na Faixa de Gaza que estão presos no fogo cruzado.

“Estamos pensando a todo o momento em nossos reféns. Tantos israelenses, americanos e outros cidadãos, e estamos determinados a fazer tudo o que pudermos para trazê-los de volta, sãos e salvos”, disse Blinken durante uma reunião com o presidente israelense, Isaac Herzog, segundo um comunicado da presidência de Israel.

Enquanto isso, as famílias dos reféns realizaram um protesto em frente à base militar de Kirya, em Tel Aviv, onde aconteceu a reunião, para exigir que não haja um cessar-fogo sem o regresso prévio de todos os reféns.

“Estamos ouvindo a manifestação das famílias lá fora. Nossos corações estão com eles. Nós entendemos, queremos sua libertação imediata”, comentou Herzog.

Esta é a terceira visita oficial de Blinken a Israel desde que eclodiu a guerra entre o Hamas e o Estado judeu, na qual tentará mediar para conseguir um cessar-fogo temporário que permita a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza.

Antes de se reunir com Herzog, o diplomata americano reuniu-se com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que projetou imagens preparadas pelo Exército israelense que mostram “os horrores e massacres perpetrados pelo Hamas”, segundo informou a assessoria de imprensa do governo.

Herzog defendeu o direito à autodefesa de Israel e garantiu que a intensa ofensiva das forças aéreas, terrestres e navais israelenses é realizada com base no “direito humanitário e internacional”.

Blinken reconheceu o direito de Israel de se defender, mas salientou a importância de que “quando se trata da proteção dos civis, que são apanhados no fogo cruzado criado pelo Hamas, seja feito todo o possível para protegê-los e levar assistência àqueles que tão desesperadamente precisam e que não são de forma alguma responsáveis ​​pelo que aconteceu no dia 7 de outubro”.

Nesse dia, Israel declarou guerra ao Hamas depois que o grupo terrorista islâmico realizou um ataque massivo contra o território israelense, que terminou com mais de 1.400 mortos, 5.400 feridos e pelo menos 242 reféns levados para Gaza.

Desde então, o Exército israelense bombardeia incessantemente o enclave e, na última sexta-feira à noite, iniciou uma incursão terrestre que ontem chegou ao interior da Cidade de Gaza, a principal da Faixa.

Por sua vez, as milícias terroristas palestinas não pararam de lançar foguetes contra Israel, a maioria deles interceptados pelo sistema de defesa aérea israelense.

Quase 1,5 milhão de pessoas foram deslocadas na Faixa, mais de metade da população, e muitas delas procuram desesperadamente deixar o enclave através da passagem de Rafah, na fronteira com o Egito, a única no enclave que foi aberta em raras ocasiões para permitir a entrada de ajuda humanitária ou evacuar feridos e estrangeiros.

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