Por Agência EFE
O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta terça-feira (17) o suposto “monopólio de conhecimento” da Organização Mundial da Saúde (OMS) durante a pandemia do novo coronavírus, e pediu “reformas urgentes” na agência internacional.
Em discurso durante a 12ª Cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), Bolsonaro lembrou que, desde o início da pandemia do novo coronavírus, criticou a “politização do vírus” em uma OMS que acredita ter o “monopólio do conhecimento”.
“A OMS necessita reformas urgentemente. Temos que ressaltar que a crise mostrou que os países são centrais na solução. Não foram as organizações internacionais que superaram os desafios, mas a coordenação entre nossos países”, comentou.
O mandatário disse que sempre defendeu abordar a crise de saúde pública derivada do coronavírus e a economia ao mesmo tempo, com o mesmo senso de responsabilidade.
“Nenhum país pode enfrentar essa situação excepcional sem prestar atenção aos sinais vitais da economia”, destacou.
Bolsonaro afirmou que, assim como na crise financeira de 2008, os países emergentes agora podem voltar a desempenhar um papel fundamental na recuperação da economia global.
Além disso, pediu para que os Brics incentivem a criação de novos negócios, uma maior interação do setor privado e mais medidas de promoção comercial entre os cinco países.
Bolsonaro comentou que esta crise sanitária também trouxe à tona importantes desafios à estabilidade internacional, e que o Brasil defende um “mundo pós-Covid-19 baseado em liberdade, na transparência e segurança”.
“Para nós, se quisermos ter uma comunidade internacional verdadeiramente integrada e ativa, temos que reformar instituições internacionais como a OMS e a Organização Mundial do Comércio (OMC)”, enfatizou.
Na opinião de Bolsonaro, não há melhor exemplo da necessidade de “democratizar” a governança internacional do que a proposta de reforma do Conselho de Segurança da ONU.
“Precisamos assegurar que os Brics sejam coordenados para apoiar as legítimas aspirações do Brasil, da Índia e da África do Sul por um assento permanente no Conselho de Segurança”, insistiu.
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