Por Reuters
OTTAWA – O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, marcou o 30º aniversário da repressão da Praça da Paz Celestial, em 4 de junho, ao expressar o que chamou de “preocupação real” com o histórico de direitos humanos da China.
As relações diplomáticas entre os dois países se deterioraram desde dezembro, quando a polícia de Vancouver prendeu a diretora financeiro da Huawei, Meng Wanzhou, em um mandado de prisão dos Estados Unidos.
Trudeau disse que o Canadá continua a pedir à China que “respeite os direitos humanos, respeite o direito de protestar, respeite a liberdade de expressão” e pare com a detenção maciça de uigures e outros muçulmanos.
“Temos preocupações reais sobre o comportamento da China em relação aos direitos humanos e continuaremos a exigir mais respeito aos direitos humanos neste aniversário e todos os dias”, disse ele a repórteres em Vancouver.
A segurança na Praça da Paz Celestial, neste terça-feira, foi mais apertada do que o habitual. O aniversário da repressão, quando Pequim enviou tropas e tanques para acalmar ativistas pró-democracia, não é falado abertamente na China.
As autoridades chinesas detiveram dois canadenses logo após a prisão de Meng e no mês passado formalmente os acusaram de espionagem.
A China também cortou as importações de importantes commodities canadenses em um esforço para obrigar o retorno de Meng.
“Deploramos a detenção arbitrária de canadenses e outros presos políticos na China e fizemos esse ponto diretamente à liderança chinesa”, disse Trudeau.
A Embaixada China em Otawa não estava disponível no momento para comentar o ocorrido.
Por David Ljunggren