Por EFE
La Paz, 26 jun – O Tribunal Superior Eleitoral da Bolívia convocou para o dia 6 de setembro o primeiro turno das eleições presidenciais do país, enquanto o eventual segundo turno é previsto para acontecer em 18 de outubro.
Inicialmente, o pleito foi marcado para 3 de maio, mas acabou sendo adiado por causa pandemia de Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, que deixou o território boliviano em estado de emergência.
A mudança de data foi anunciada nesta sexta-feira, “respeitando a conclusão das etapas concluídas”, uma vez que as candidaturas já estão encerradas, “e prolongando os prazos necessários para assegurar o exercício dos direitos dos cidadãos”.
O órgão eleitoral destacou que o desenvolvimento do processo eleitoral deve obedecer “às devidas medidas para proteger a saúde pública”.
“Algumas das tarefas pendentes mais relevantes que terão de ser encaradas nos 45 dias anteriores ao dia da votação são a entrega oficial do Padrão Eleitoral Biométrico, o sorteio e publicação da lista dos jurados eleitorais responsáveis pela administração da mesa no dia da votação, a capacitação dos jurados eleitorais, a fase de propaganda nos meios de comunicação de massas, entre outras”, explicou.
O processo eleitoral, ao qual concorrem oito candidatos, recomeça após a presidente interina do país, Jeanine Áñez, ter aprovado na terça-feira passada uma lei estabelecendo o dia 6 de setembro como data limite para as eleições, a qual foi autorizada pelo Parlamento boliviano depois de ter sido apresentada pelo Tribunal Supremo Eleitoral.
É o órgão eleitoral que convoca eleições na Bolívia e define a data, como um dos poderes do Estado. As eleições para presidente, vice, deputados e senadores estão pendentes desde a anulação das eleições de outubro do ano passado, nas quais o então mandatário Evo Morales tinha sido declarado vencedor para um quarto mandato consecutivo e depois renunciou em meio a acusações de fraude.
Morales denunciou que foi obrigado a abandonar o poder devido a um golpe de Estado em meio a pressões dos militares e da polícia, que o forçaram a renunciar. Áñez, na época senadora da oposição, assumiu interinamente a presidência, ativando um mecanismo de sucessão diante de um vazio no poder.