Por Agência EFE
A campanha à reeleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, insistiu nesta sexta-feira (6) que ele ainda pode vencer as eleições presidenciais realizadas na última terça, apesar de a apuração mostrar o candidato do Partido Democrata, Joe Biden, à frente.
“Estas eleições não terminaram”, declarou Matt Morgan, conselheiro geral da campanha, em comunicado.
Sem apresentar provas, Morgan considerou “falsas” as projeções da imprensa que dão a Biden a liderança nas apurações nos estados de Pensilvânia, Geórgia, Nevada e Arizona, onde o atual presidente precisa reverter a tendência atual para se manter no cargo.
Segundo projeções de vários veículos de imprensa Biden já garantiu 264 delegados no Colégio Eleitoral, o órgão que decide a eleição, que não é direta (embora alguns veículos questionem os 11 referentes ao Arizona), enquanto Trump tem 214. Para vencer, um candidato precisa conseguir pelo menos 270 dos 538 delegados.
Nas últimas horas, Biden tirou de Trump a liderança na Pensilvânia e na Geórgia, embora as apurações estejam em andamento e um vencedor não tenha sido declarado oficialmente.
Especificamente, Biden lidera com 49,4% na Pensilvânia, contra 49,3% de Trump, com uma apertada margem de 5.587 votos. Na Geórgia, o ex-vice-presidente no governo de Barack Obama está à frente por pouco mais de 1.090 votos, embora oficialmente haja um empate técnico de 49,4%.
Em Nevada, Biden lidera com 49,4%, contra 48,5% de Trump, que tem 11.500 votos a menos. Já no Arizona, o democrata tem 50,1% dos votos, contra 48,5% do republicano – cerca de 47.000 votos de diferença.
Embora vários veículos de imprensa americanos tenham projetado o Arizona para Biden na noite das eleições, quando a diferença era de mais de 200.000 votos, alguns especialistas agora dizem que a margem atual é muito pequena para saber quem vai ganhar.
“Biden está confiando nestes estados para sua falsa reivindicação à Casa Branca, mas, quando a eleição for terminada, o presidente Trump será reeleito”, disse Morgan no comunicado.
Em pronunciamento na Casa Branca na noite de quinta-feira, Trump atacou o sistema eleitoral do país, questionando sem evidências a legitimidade de milhões de votos enviados pelo correio.
Cerca de 65 milhões de americanos usaram esse método para votar neste pleito, a maioria deles eleitores democratas que queriam evitar a aglomeração no contexto da pandemia do novo coronavírus.
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