Por Simon Veazey
Um soldado britânico de 22 anos foi morto por um elefante durante operações anti-caça furtiva na África.
O Ministério da Defesa (MoD) confirmou que o guarda, Mathew Talbot, havia sido morto durante o dia 5 de maio, no Malaui.
De acordo com várias fontes, incluindo a Associated Press e a mídia oficial das forças armadas, Talbot foi morto por um elefante. Ele fazia parte de um grupo de cerca de 30 soldados destacados para o país africano para treinar rangers encarregados de conter o fluxo do lucrativo comércio de marfim.
A secretária de Defesa Penny Mordaunt disse: “Este trágico incidente é uma lembrança do perigo que nossos militares enfrentam ao proteger algumas das espécies mais ameaçadas do mundo daqueles que buscam lucrar com a matança criminosa da vida selvagem”.
Não há atualmente nenhum detalhe sobre como Talbot chegou a ser morto.
Um fã de Frank Sinatra e um ávido leitor de história militar, Talbot costumava ser encontrado fazendo amizade com os habitantes locais e aprendendo sua língua durante a sua missão no Malauí, de acordo com o Ministério da Defesa.
“Mathew era um personagem único e genuíno”, disse o sargento Lance Louis Bolton, no comunicado do MoD. “Amado e confiado por todos que se importavam com ele. Eu posso honestamente dizer que não importa a hora do dia ou a situação em que ele esteva, ele sempre estava rindo e contando piadas – nós o amávamos por isso”.
O exército britânico está no Malauí desde 2016, transmitindo habilidades militares a guardas-florestais que precisam lidar com gangues de caçadores furtivos – que geralmente são formadas por ex-militares.
“Pedir a patrulheiros que usem chinelos, carreguem kit de campo em sacolas de compras e carreguem rifles que talvez nunca tenham atirado, prender ex-militares que viraram caçadores é uma tarefa difícil”, disse o Capitão Luke Townsend, especialista em contra-caça ao The Telegraph. “É por isso que os esforços das tropas britânicas em assumir esse fardo são muito apreciados”.
A população de elefantes no Malawi despencou 71% de 2002 a 2006, de acordo com Lilongwe Wildlife Trust, no Malawi.
Segundo a Trust, o número de elefantes mortos na África dobrou na última década, e a quantidade de marfim apreendida triplicou.
Estima-se que um único elefante morto tenha um valor bruto de US$ 21.000, mas, em comparação, o valor estimado de turismo de um único elefante vivo é de mais de US$ 1,6 milhão para empresas, companhias aéreas e economias locais.
Em Botsuana, que abriga cerca de um terço dos elefantes africanos, o governo recentemente propôs suspender a proibição da caça de elefantes, provocando a ira de alguns grupos defensores dos direitos dos animais.
De acordo com alguns conservacionistas e caçadores, como o prolífico caçador Ron Thompson, a população de 130.000 elefantes é muito alta, resultando na destruição do habitat de outros animais.
Por exemplo, diz Thompson, ao permitir que os elefantes destruam seu habitat, muitos dos campos de alimentação dos elefantes foram destruídos. Isso significa longas caminhadas diárias entre o poço e as áreas de alimentação. Uma vez que essa distância ultrapasse 15 milhas, as mães não podem mais amamentar, resultando em um número crescente de filhotes de elefantes vistos abandonados e morrendo.