Edmundo González Urrutia chega ao Panamá e denuncia “desaparecimento forçado” do genro

Por Agência de Notícias
08/01/2025 10:10 Atualizado: 08/01/2025 10:10

O líder opositor venezuelano Edmundo González Urrutia chegou na madrugada desta quarta-feira (08) ao Panamá, nova escala de sua viagem pela América para reunir apoio internacional antes da posse em 10 de janeiro, e reiterou sua denúncia sobre o “desaparecimento forçado” de seu genro em Caracas.

Em mensagem na rede social X, González agradeceu a acolhida do governo panamenho e publicou três imagens nas quais aparece uma bandeira venezuelana e uma nota que o reconhece como “presidente eleito da República Bolivariana da Venezuela”.

“Sinto-me honrado por estar em um país que luta pela democracia e acolheu tantos venezuelanos”, escreveu o líder da oposição venezuelana.

González Urrutia deve se reunir nesta quarta-feira no Panamá com o presidente do país, José Raúl Mulino, bem como com chanceleres e ex-presidentes latino-americanos para “reivindicar a democracia venezuelana e da América”.

O líder opositor, que segundo atas apresentadas e observadores internacionais não alinhados com o regime venceu as eleições presidenciais de 28 de julho, prometeu prestar juramento em 10 de janeiro, data estabelecida na Constituição venezuelana para a posse, na qual o ditador Nicolás Maduro também garante que será empossado.

Em outra mensagem na mesma rede social, González Urrutia reforçou sua denúncia sobre o sequestro de seu genro, Rafael Tudares, razão pela qual cancelou parte de sua agenda nos Estados Unidos e se dirigiu ao Panamá para continuar sua viagem.

“Meu genro não apareceu, isso é um desaparecimento forçado”, disse o líder opositor venezuelano, citando uma declaração de sua filha, Mariana González, na qual defendeu a inocência de seu marido, “sequestrado” por “homens encapuzados” em Caracas.

Em sua mensagem, Mariana González explicou que Tudares foi “interceptado” sem “nenhuma medida” quando dirigia seu veículo na frente de seus filhos.

“Em que momento ser parente de Edmundo González Urrutia virou crime? É por isso que levaram meu marido? Do que ele é acusado?”, perguntou.

“Seja forte, filha! Estou com você, com meus netos e com meu amado Rafael”, escreveu Edmundo González, acrescentando que sua “luta” também é por “todos os sequestrados, desaparecidos e torturados” na Venezuela.

González Urrutia, que deixou seu país rumo à Espanha em 7 de setembro por considerar que sofria “perseguição política e judicial” na Venezuela, é alvo de uma ordem de prisão e de uma recompensa de US$ 100 mil para quem fornecer informações que levem à sua prisão.