Por Agência EFE
As duas jornalistas mexicanas Yesenia Mollinedo e Sheila Johana García foram mortas a tiros na segunda-feira no estado de Veracruz, segundo informações da procuradora-geral do estado, Verónica Hernández.
Os eventos ocorreram por volta das 15h00 locais no município de Cosoleacaque, no sul de Veracruz.
“A Procuradoria Geral do Estado informa que uma investigação foi iniciada, diante dos lamentáveis eventos em que tiraram a vida da diretora do portal El Veraz, Yessenia Mollinedo Falconi, e a repórter Sheila Johana García Olivera, no município de Cosoleacaque”, informou o Ministério Público.
Relatos revelaram que ambas estavam dentro de seu veículo estacionado do lado de fora de uma loja de conveniência.
Homens armados chegaram ao local e atiraram nelas. Elas morreram como resultado de seus ferimentos.
O Ministério da Segurança Pública informou que, em coordenação com as forças federais, ativou a operação em Código Vermelho.
A agência disse que as forças de segurança mantêm uma operação na área para procurar e localizar os assassinos.
Se for confirmado que o duplo assassinato está relacionado à prática jornalística de ambas as comunicadoras, haveria 11 jornalistas assassinados no México até agora este ano.
Segundo dados da organização Artigo 19, desde que o presidente Andrés Manuel López Obrador chegou ao poder em dezembro de 2018, houve 1.945 ataques contra a imprensa no país, incluindo 33 assassinatos, 9 somente neste ano, e 2 desaparecimentos, 85% mais do que nos primeiros três anos do presidente Enrique Peña Nieto.
Na segunda-feira, os jornalistas farão uma manifestação na rotatória do Anjo da Independência, na Cidade do México, devido à incessante violência contra a imprensa no país.
Inicialmente, a manifestação foi convocada pelo assassinato do jornalista Luis Enrique Ramírez, assassinado na quinta-feira passada em Culiacán, no estado de Sinaloa, noroeste do país.
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