Por Agência EFE
Dois vice-presidentes do Partido Conservador britânico, Ben Bradley e Maria Caulfield, apresentaram nesta terça-feira (10) a renúncia pelo desacordo com a política adotada pela primeira-ministra, Theresa May, em relação com o “Brexit”.
Os dois vice-presidentes dos “tories” se unem, assim, embora com postos de menor responsabilidade, ao rodízio de renúncias que no domingo começou com o ministro para o “Brexit”, David Davis.
Horas depois, também apresentou sua renúncia o titular da pasta das Relações Exteriores, Boris Johnson, ambos pelos mesmos motivos de divergência com May com relação ao “Brexit”.
Caulfield escreveu hoje na carta de renúncia que não pode apoiar “a direção tomada nas negociações do ‘Brexit'” porque, sob seu ponto de vista, não estão sendo aproveitadas “todas as oportunidades” que a saída da União Europeia (UE) brinda ao Reino Unido.
Para a até agora vice-presidente conservadora, a política adotada por May será “ruim para o país e ruim para o partido” e trará como consequência que o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, acabará se tornando primeiro-ministro.
Na mesma linha se pronunciou Bradley que, embora tenha reconhecido que votou pela permanência no referendo de 23 de junho de 2016, nestes últimos dois anos se deu conta “das grandes oportunidades” oferecidas pelo “Brexit”.
Mas, segundo opinião, o acordo adotado na sexta-feira em Chequers, no qual é proposta a eventual criação de um mercado comum de bens com a UE com certa harmonização na legislação aduaneira, “danificou” essas oportunidades.
“Estamos dando a Corbyn as chaves do número 10 de Downing Street”, afirmou o político.