O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, pediu nesta segunda-feira a criação de uma coalizão para enfrentar a “coerção” dos Estados Unidos em uma reunião com o ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, que está visitando Teerã.
“Uma coalizão de países anti-EUA focada na cooperação econômica pode adotar uma posição comum que influenciará questões globais importantes”, disse Khamenei.
Khamenei disse que os países que sofrem com a “coerção praticada pelos EUA e pelo Ocidente poderiam reunir suas capacidades para enfrentar essa pressão”.
Entre as questões que essa aliança anti-EUA poderia influenciar estão a Palestina e o conflito com Israel, declarou o líder supremo iraniano.
Díaz-Canel chegou a Teerã na noite de domingo, na primeira visita oficial de um presidente cubano ao Irã desde 2001, que se concentrou principalmente na adoção de uma postura comum entre Teerã e Havana para enfrentar os EUA.
Assim, o líder iraniano, Ebrahim Raisi, e Díaz-Canel conceberam uma estratégia de “economia de resistência” em áreas estratégicas como energia, alimentos, ciência, tecnologia e saúde para enfrentar o que chamaram de “sanções injustas e o imperialismo americano”.
“Ratificamos a nossa convicção de que, com essa estratégia, vamos dar um duro golpe na agressão imperialista, nas sanções e nos bloqueios”, disse o ditador cubano.
Raisi também pediu nesta segunda-feira, junto com Díaz-Canel, a criação de uma coalizão de países com ideias semelhantes para proteger os direitos do povo palestino na Faixa de Gaza.
Irã e Cuba são aliados políticos próximos e compartilham o apoio à Venezuela e a animosidade contra os EUA, que mantém todos esses países sob sanções.
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