O regime ditatorial de Nicolás Maduro continua a reprimir brutalmente a oposição na Venezuela, resultando em detenções arbitrárias e violações dos direitos humanos.
No último domingo (28), dois membros da equipe de campanha da líder opositora María Corina Machado e um apoiador da oposição foram presos. Ámbar Márquez, Víctor Castillo e Oscar Castañeda foram arrancados de suas residências à força por agentes da inteligência do governo.
O grupo denuncia uma série de prisões ilegais e perseguições a opositores desde janeiro, incluindo sete chefes de campanha regionais de María Corina Machado, acusados pelo regime de “conspiração” contra Maduro.
O partido opositor de Maduro, Primeiro Justiça, não hesitou em denunciar as prisões em sua conta na plataforma X, caracterizando o regime venezuelano como opressor e violento.
“O regime mostrou novamente sua natureza opressora e violenta ao sequestrar três ativistas do estado Portuguesa”, afirmou o PJ.
Atualmente, há pelo menos vinte pessoas associadas à campanha de Corina detidas na Venezuela. Seis delas buscaram abrigo e estão refugiadas na embaixada da Argentina em Caracas.
ONU relata crescimento de desaparecimentos forçados na Venezuela
Especialistas das Nações Unidas relataram, nesta terça-feira (30), um crescente alarmante de desaparecimentos forçados de cidadãos que exercem seus direitos de liberdade de expressão, associação e participação em questões de interesse público na Venezuela, desde dezembro de 2023.
De acordo com o Grupo de Trabalho sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, a maior parte dos desaparecidos são integrantes “do principal partido opositor” ao regime ditatorial de Nicolás Maduro, ou militares.
O grupo define como desaparecimento forçado prisões prolongadas de cidadãos mantidos incomunicáveis, destacando um padrão nas prisões: os indivíduos são levados para centros de detenção reconhecidos, onde são privados de direitos e proteções fundamentais, como contato com o mundo exterior e acesso à assistência jurídica. Além disso, são negados os direitos à segurança e à proteção contra tortura.
Os especialistas fazem um apelo direto ao regime de Nicolás Maduro para que tome medidas urgentes para prevenir e erradicar os desaparecimentos, além de fornecer informações sobre o destino dos opositores presos. Eles também ressaltam a importância crítica da garantia de assistência jurídica e visitas familiares aos prisioneiros mantidos incomunicáveis.