Por Agência EFE
O diretor da polícia colombiana, Jorge Luis Vargas, declarou nesta sexta-feira que ficou provado que o principal líder dos dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, conhecido como Iván Márquez, e um de seus principais escudeiros, Hernán Darío Velásquez, também chamado de ‘El Paisa’, se encontram com narcotraficantes mexicanos na Venezuela.
“O que ‘Iván Márquez’ e ‘El Paisa’ fazem na Venezuela é receber traficantes de drogas mexicanos”, denunciou Vargas à imprensa, ressaltando que as autoridades têm provas materiais suficientes sobre o caso.
“O que estou indicando é que eles se encontram com cartéis mexicanos na Venezuela, temos isso totalmente comprovado, tanto por testemunhas quanto por elementos técnicos coletados nos processos judiciais, com dispositivos técnicos apreendidos nas operações”, completou o diretor da polícia.
O governo colombiano insiste que vários líderes das Farc e do Exército de Libertação Nacional (ELN) se refugiem na Venezuela, onde também receberiam proteção do governo.
Vargas também anunciou o que chamou de “neutralização” de outro líder dos dissidentes, conhecido ‘Brandon’, que segundo as forças de segurança estaria encarregado de “estabelecer uma rota de tráfico para levar drogas à Venezuela” através dos departamentos de Huila e Caquetá.
Os dissidentes, segundo Vargas, estavam encarregados de garantir os corredores de tráfico através de assassinatos, homicídios, deslocamento e confrontos com outras organizações criminosas nesses departamentos.
‘Iván Márquez’, que foi o principal negociador das Farc, assim como ‘El Paisa’ e outros, abandonaram o acordo de paz assinado com o governo em 2016 e em 29 de agosto de 2019 anunciaram seu retorno às armas. Eles alegaram traição por parte do Estado.
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