Dissidente denuncia na OEA falta de legitimidade da nova Constituição de Cuba

País promulgou sua nova Constituição durante uma sessão da Assembleia Nacional em 10 de abril

26/06/2019 21:06 Atualizado: 26/06/2019 21:06

Por Epoch Times

Críticas à nova Constituição cubana foram apresentadas nesta quarta-feira (26) durante diálogo da sociedade civil com a Organização dos Estados Americanos (OEA), que está realizando sua 49ª Assembleia Geral em Medellín, na Colômbia.

A ativista anti-castrista Rosa María Payá, filha do falecido dissidente Oswaldo Payá, usou da palavra para criticar o regime comunista da ilha por aprovar uma nova constituição que considera não ter “legitimidade”.

“O texto da reforma constitucional, recentemente concluído em Cuba, não atende às garantias e padrões necessários para um processo livre, justo e transparente”, disse ela no “Diálogo de representantes de organizações da sociedade civil e outros atores” com delegados da OEA, que pediu a ela para “denunciar a ilegitimidade da Constituição de Cuba”.

Cuba promulgou sua nova Constituição durante uma sessão da Assembleia Nacional em 10 de abril, mesmo dia em que há 150 anos começou a escrever a primeira Carta Magna da ilha.

O texto reconhece a propriedade privada e considera necessário o investimento estrangeiro, embora mantenha o Partido Comunista de Cuba (PCC, único legal) como uma “força de liderança superior” e ratifica o comunismo como uma aspiração.

Por outro lado, Payá culpou o regime de Miguel Díaz-Canel por ter uma “influência direta e indireta” nas crises na Nicarágua e na Venezuela, países dos quais afirmou que os cidadãos são vítimas de “violência governamental, prisões arbitrárias, assédio, prisão política, deportações forçadas e restrição de movimento”.

“Peço ao regime de Raúl Castro e Díaz-Canel que desistam de ações que violam os direitos soberanos dos povos vizinhos, como a vergonhosa presença da inteligência cubana e dos serviços militares cubanos nas unidades militares venezuelanas”, acrescentou.

Com informações da Agência EFE