A diretora do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), Pamela Rendi-Wagner, disse nesta sexta-feira (16) que o risco de um grande surto de mpox na Europa é “de muito baixo a baixo” no momento.
“Para a população em geral na Europa, o risco atualmente é muito baixo ou baixo”, afirmou Rendi-Wagner em entrevista à rádio pública da Áustria.
Por outro lado, ela enfatizou que a situação na África “está longe de estar sob controle” e que o número real de casos provavelmente será “muito, muito maior do que os números oficiais”.
Chefe da agência líder para infecções na União Europeia, Rendi-Wagner falou sobre a urgência de melhorar as capacidades de detecção, estabelecer um sistema de rastreamento eficaz e realizar campanhas de vacinação na África.
Ele também enfatizou que “a Europa e os Estados Unidos são chamados a ajudar” nessa crise de saúde, e que esse apoio já começou e aumentará nas próximas semanas.
É importante, segundo ela, os sistemas de saúde europeus estarem atentos a possíveis infecções e a viajantes vindos de regiões de risco com possíveis sintomas, com o objetivo de identificar casos rapidamente e evitar sua disseminação.
“No caso dos europeus que viajam para as regiões afetadas e têm contato próximo com a população ou se envolvem em comportamentos de risco, como múltiplos contatos sexuais, o risco de infecção é muito alto”, alertou a especialista austríaca.
Na quinta-feira, a Suécia detectou o primeiro caso de mpox fora da África.
Os sintomas comuns da doença incluem erupções cutâneas, febre, dores musculares e glândulas inchadas. Ela é transmitida por meio do contato físico com pessoas ou animais infectados.