Por Agência EFE
O diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, John Ratcliffe, advertiu na quarta-feira (21) que Irã e Rússia obtiveram informações de eleitores americanos e estão tentando interferir nas eleições presidenciais que serão realizadas em 3 de novembro no país.
“Queremos advertir a população que identificamos que dois atores estrangeiros, Irã e Rússia, tomaram ações específicas para influir na opinião pública em relação a nossas eleições”, disse Ratcliffe em pronunciamento do FBI a 13 dias do pleito.
De acordo com o diretor de Inteligência Nacional, tanto a Rússia quanto o Irã acessaram dados dos eleitores americanos, e a república islâmica já os teria usado para prejudicar o presidente americano, Donald Trump, de acordo com Ratcliffe.
“Já vimos o Irã enviar falsos e-mails destinados a intimidar os eleitores, incitar tensões sociais e prejudicar o presidente Trump”, declarou.
Ratcliffe também informou que o Irã está distribuindo um vídeo “que sugere que pessoas podem votar de forma fraudulenta”, o que garantiu que “não é verdade”.
“Estas ações são tentativas desesperadas de adversários desesperados”, acrescentou.
Sobre a Rússia, o diretor de Inteligência Nacional afirmou que não há provas de que tenha usado as informações obtidas até agora.
O pronunciamento ocorreu após eleitores democratas em estados como a Flórida e o Alasca terem recebido nos últimos dias e-mails intimidadores supostamente enviados pelo grupo de extrema-direita Proud Boys.
Os e-mails, que os Estados Unidos afirmam ter sido realmente enviados pelo Irã, ameaçam eleitores democratas a votarem em Trump.
Na mesma audiência, o diretor do FBI, Christopher Wray, a agência encarregada de supervisionar a segurança eleitoral, disse que “não toleraria interferência estrangeira” nas eleições americanas.
“Trabalhamos durante anos para construir resiliência em nossa infraestrutura eleitoral, e hoje essa infraestrutura continua forte. Estejam certos de de que seus votos contam”, garantiu Wray.
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