Por EFE
Partidos de direita do Chile disseram nesta terça-feira(13) que não vão participar da reunião constituinte marcada para quinta no Congresso, depois de acusar o governo de “não dizer a verdade” e negar que tenham sido fechados acordos sobre a continuidade do processo que visa uma nova Carta Magna para o país.
“Tomamos a decisão de não participar (…) anunciar acordos que ainda não foram alcançados me parece falso”, disse o presidente do Renovação Nacional (RN), Francisco Chahuán.
“Além disso, a insistência dos partidos da base do governo mostra que eles não levaram em conta o resultado de 4 de setembro”, acrescentou o senador para a região de Valparaíso, citando o plebiscito que terminou com a rejeição de mais de 60% dos eleitores chilenos à proposta de texto para uma nova Constituição.
As declarações de membros da direita chilena miram a porta-voz do governo, Camila Vallejo, que ontem destacou no Twitter “os resultados” do atual debate político pós-plebiscito que volta a discutir uma nova Constituição. Ela disse que houve acordos entre diferentes correntes políticas para que seja formada uma convenção que “seja paritária, eleita, da qual possa participar um comitê de especialistas acompanhando o processo”.
“Com a participação dos mundos que foram colocados sobre a mesa, como o mundo independente, os povos indígenas, além das fórmulas”, acrescentou ela.
Embora a direita tenha reconhecido que houve de fato “alguns acordos importantes”, ela criticou a posição do governo e pediu “cautela” sobre as negociações, descartando a participação tanto do RN quanto da ultracconservadora União Democrática Independente (UDI) e do Evolução Política na reunião marcada para quinta-feira.
“É imprudente, irresponsável, uma falta de respeito por esta mesa (de diálogo) que tentou, com toda a boa vontade, avançar o mais rápido possível”, disse hoje a presidente do Evolução Política, Luz Poblete.
Alguns parlamentares da oposição foram mais longe, pedindo que o governo deixe a mesa de negociações sobre uma nova Constituição.
“O que a ministra Vallejo fez, ressaltando que houve aqui um acordo sobre uma série de questões, não corresponde à realidade (…) é necessário que o governo mantenha distância dessas conversas, o mais razoável seria que o governo não estivesse nas conversas”, disse o senador Luciano Cruz-Coke, do Evolução Política.
As negociações no Congresso Nacional começaram na última segunda-feira, cristalizando o papel de liderança que o Poder Legislativo terá na canalização do processo constituinte, após a esmagadora rejeição à proposta de lei fundamental elaborada por uma agora extinta convenção constituinte.
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