Desemprego entre hispânicos atinge novo recorde mínimo nos EUA

País têm agora mais postos de trabalho disponíveis do que pessoas consideradas desempregadas

06/08/2018 10:34 Atualizado: 06/08/2018 10:34

Por Petr Svab, Epoch Times

Os norte-americanos de descendência hispânica desfrutaram de uma taxa de desemprego recorde de 4,5% em julho, superando o estabelecido para o mês anterior de 4,6%.

Além disso, a taxa de desemprego geral caiu de 4% do mês anterior para 3,9%, segundo o Departamento de Estatísticas Trabalhistas.

O desemprego entre os asiáticos também caiu, ficando em 3,1%, enquanto o desemprego entre os negros, que continua apresentando os índices históricos mais baixos embora tenha aumentado ligeiramente, está em 6,6%.

“A economia dos Estados Unidos está melhorando sob a liderança de Trump”, disse o vice-presidente Mike Pence em seu Twitter na sexta-feira (3). “Desde o dia das eleições em 2016, criamos 3,8 milhões de novos empregos. A taxa de desemprego dos afro-americanos, hispânicos e asiático-americanos atingiu o nível mais baixo da história do país. A América está de volta!”.

O desemprego entre hispânicos, o mais baixo desde que o Departamento de Estatísticas Trabalhistas começou a medi-lo em 1973, foi comemorado pelo presidente Donald Trump em quase todas as ocasiões. No entanto, os principais meios de comunicação de língua espanhola, Univisión e Telemundo, omitiram o significativo e histórico número em suas reportagens, tanto este mês como no anterior.

O desemprego entre brancos também caiu em julho, ficando em 3,4%, taxa nunca vista desde que os Yankees e os Mets se enfrentaram na final da Série Mundial de Baseball em outubro de 2000. A única vez na história em que a taxa foi menor foi na década de 1960.

“Esta é a oitava vez desde 1970 que o desemprego cai abaixo de 4%, e três dessas vezes ocorreram em 2018”, disse Ivanka Trump, filha e assessora principal do presidente, em um tuíte publicado na sexta-feira.

A economia criou 157 mil postos de trabalho em julho, representando quase 30 mil a menos do que era esperado. Por outro lado, o crescimento do emprego para junho e maio registrou um aumento de 59 mil (268 mil e 248 mil, respectivamente).

Trabalhadores instalam uma caixa d'água em um edifício na Avenida Lexington em Nova York, em 9 de maio de 2018 (Hector Retamar/AFP/Getty Images)
Trabalhadores instalam uma caixa d’água em um edifício na Avenida Lexington em Nova York, em 9 de maio de 2018 (Hector Retamar/AFP/Getty Images)

“O Informativo de Trabalho de hoje mostra a crescente força de nossa economia. O presidente está cumprindo sua promessa de restaurar nossa economia e colocar os norte-americanos de novo trabalhando”, disse o secretário de Comércio Wilbur Ross no Twitter na sexta-feira.

Os Estados Unidos têm agora mais postos de trabalho disponíveis do que pessoas consideradas desempregadas.

No entanto, a taxa de desemprego é um indicador incompleto, uma vez que exclui pessoas que não procuraram trabalho nas últimas quatro semanas. O Departamento de Estatísticas Trabalhistas também apresenta um índice que mostra o número de pessoas que procuraram trabalho nos últimos 12 meses, bem como de pessoas que trabalham meio período, mas que querem um emprego de tempo integral. Essa taxa caiu para 7,5% em julho, o menor desde maio de 2001.

No total, em julho havia quase 5,5 milhões de pessoas que queriam um emprego mas que não foram contadas como desempregadas, o que significa um declínio em relação aos mais de 5,7 milhões de um ano atrás.

“As pessoas estão entrando em cena”, disse Ivanka Trump em uma entrevista para a Axios Media na quinta-feira (2).

A assessora irá supervisionar o Conselho Nacional para o Trabalhador Norte-americano, órgão interdepartamental criado em julho pelo presidente Trump para ajudar a capacitar e treinar os norte-americanos para os empregos disponíveis.

À medida que o mercado de trabalho aquece, os empregadores enfrentam um desafio cada vez maior para recrutar talentos valiosos. A administração Trump está tentando ajudar nesse aspecto promovendo a aprendizagem, a reabilitação profissional e o ensino vocacional.

O ganho salarial também alcançou gradualmente um aumento de 2,9% nos últimos 12 meses até junho. Isso é mais do que os 2,4% do ano anterior.

Esse crescimento salarial é compensado pelo aumento constante dos preços dos bens de consumo. Os dois indicadores de inflação: o Índice de Preços ao Consumidor e as Despesas de Consumo Pessoal registraram taxas anuais de 2,9 e 2,2% respectivamente, impulsionados significativamente pelo aumento dos preços do petróleo no ano passado. As oscilações no preço do petróleo se refletem nos preços do gás e do óleo para calefação.