Uma venezuelana pediu desculpas em público ao ser recebida no primeiro centro de refugiados aberto no sábado (3) pelo Ministério das Relações Exteriores da Colômbia, em Cúcuta.
“Desculpem-nos, perdoem-nos!”, disse a jovem de apelido Gonzales, enquanto colocava as mãos no peito. O vídeo foi divulgado pelo consulado, como uma mensagem para todos os colombianos.
Desde el Centro de atención transitoria al Migrante, venezolana envía mensaje a ciudadanos colombianos pic.twitter.com/SVDSz0rPdf
— Cancillería Colombia (@CancilleriaCol) February 3, 2018
“Você precisa calçar os sapatos dos outros para sentir o que os venezuelanos estão vivendo. Como seres humanos, sabemos o que o outro está vivendo. É muito ruim ser rejeitado.”
“Existem colombianos bons, existem colombianos não tão bons… para dizer o mínimo… também existem venezuelanos bons. Assim como os colombianos estão neste mundo, nós venezuelanos também (…) Desculpem-nos!”
“Para aqueles que hoje nos deram apoio, para mim representa um milagre”, concluiu.
Primeros beneficiarios del Centro de Atención Transitoria que entra en funcionamiento en Villa del Rosario (Norte de Santander) pic.twitter.com/Stry5LVQXu
— Cancillería Colombia (@CancilleriaCol) February 3, 2018
O consulado da Colômbia informou de Cúcuta que, no sábado (3), foi aberto o primeiro Centro de Assistência Temporária para refugiados venezuelanos. A operação ficará sob responsabilidade da Cruz Vermelha colombiana.
Ele explicou que esta é “uma das medidas do governo para abordar a situação dos migrantes venezuelanos que chegaram no norte de Santander”.
“Trata-se de migrantes regulares que acabaram em situação de rua, mas que pretendem continuar sua jornada para outras cidades”, disse o consulado.
“Os migrantes preenchem postos de trabalho, contribuem com suas habilidades e ajudam a economia a florescer”, diz o relatório apresentado à Colômbia pela Organização Internacional de Migrantes (OIM) intitulado “Além dos números“.
Mais de quatro milhões de venezuelanos deixaram o país rumo à Colômbia, e daqueles com status de refugiados (em janeiro), o número subiu para 485 mil em Cúcuta e 135 mil em Maicao.
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