A Human Rights Watch (HRW) denunciou nesta quinta-feira (06) em comunicado o uso de bombas de fragmentação por parte da Rússia e da Ucrânia, além de ter pedido aos Estados Unidos que não enviem estes tipos de munições aos seus aliados ucranianos, que o solicitam há meses a Washington.
“As forças ucranianas usaram munições de fragmentação que mataram e feriram gravemente civis. As forças russas usaram extensivamente munições de fragmentação, causando inúmeras mortes de civis e ferimentos graves”, destaca o comunicado da organização de direitos humanos.
A HRW pede a ambos os lados que parem de usar esse tipo de arma e afirma que “os Estados Unidos não devem transferir munições de fragmentação para a Ucrânia”.
O comunicado da ONG provocou a indignação do assessor do gabinete presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak.
“Os ‘ativistas de direitos humanos’ lançam uma agressiva campanha de lobby… não para expulsar a Rússia das Nações Unidas, mas para torpedear o fornecimento de armas para a Ucrânia”, escreveu Podolyak no Twitter.
O assessor do gabinete do presidente Volodymyr Zelensky criticou a HRW por “acusar os ucranianos de não se desarmarem o suficiente” enquanto a Rússia “invade a Ucrânia” e “desencadeia uma brutal guerra genocida” na qual “mata civis, organiza execuções públicas, viola mulheres” e “sequestra crianças”.
A Ucrânia acusou repetidamente várias organizações de equidistância entre o país agressor e o país atacado no contexto do conflito.
Nesse sentido, Podolyak questionou em sua mensagem se “a invasão de agentes russos destruiu os imperativos morais” de algumas organizações internacionais.
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