A desaprovação ao governo do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, aumentou no último mês, atingindo uma taxa de 61%, de acordo com uma pesquisa da empresa Datexco publicada nesta segunda-feira.
A pesquisa, na qual 700 homens e mulheres foram entrevistados por telefone pela emissora “W Radio”, foi realizada dias depois que o presidente forçou uma remodelação prematura de seu gabinete, substituindo sete ministros, incluindo os de Finanças, Interior e Saúde.
Essa reformulação, que se soma às substituições de três ministros em fevereiro (Educação, Cultura e Esporte), revelou um sentimento de desconforto em 51% dos entrevistados e de concordância em 31% deles.
No contexto de uma crise política desencadeada pela falta de apoio às suas reformas e em um Congresso no qual Petro não tem mais maioria, a região leste, o distrito da capital Bogotá e a região central foram os que mais reprovaram o governo de esquerda no país, com 72%, 65% e 64% de desaprovação, respectivamente.
No calor dos debates para conseguir a aprovação de reformas como a da saúde, o estudo levou em conta a opinião dos pesquisados sobre o presidente “incentivar uma revolução”.
“A tentativa de restringir as reformas pode levar a uma revolução”, disse Petro no dia 1º de maio, durante discurso na sacada da Casa de Nariño, sede do Poder Executivo.
Quando perguntados sobre essa fala, 68% dos entrevistados disseram discordar desse “incentivo” à revolução, e 58% rejeitaram os discursos do presidente.
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