Por Agência EFE
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz nesta quarta-feira (13) por dois deputados do Partido do Progresso (FRP, na sigla em norueguês) da Noruega, país onde acontece a escolha e a entrega da distinção, após a histórica cúpula de ontem em Singapura com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.
“O que está ocorrendo é histórico, está em andamento um processo que pode garantir a paz mundial no futuro. É um processo frágil, mas devemos fazer o possível para contribuir para que as negociações deem bons resultados. Acredito que podemos fazer algo dando o Nobel da Paz a Trump”, disse à emissora de televisão pública NRK Per-Willy Amundsen.
Amundsen e Christian Tybring-Gjedde são deputados do Partido do Progresso, uma das três forças que integram o Executivo de direita da conservadora Erna Solberg.
Os dois parlamentares reconheceram que não foi assinado um acordo vinculativo entre Kim e Trump, mas ressaltaram que foram incluídas iniciativas para promover o desarmamento, visitas autorizadas e a redução das manobras militares americanas na Coreia do Sul.
“Não seria a primeira vez que alguém envolvido em um processo receberia o prêmio, já aconteceu antes. Claro que devemos acompanhar o processo com atenção, mas, pelo fato de ter chegado aonde chegou, acredito que merece um Nobel da Paz”, afirmou Amundsen.
Na indicação, os dois deputados ressaltam que a ação de Trump cumpre com a vontade de Alfred Nobel, criador do prêmio, de distinguir o trabalho pelo desarmamento e em prol da irmandade entre os povos.
Segundo o testamento de Nobel, podem designar candidatos ao prêmio da paz catedráticos de universidades em Direito, História e Ciências Políticas; parlamentares, antigos ganhadores do prêmio e membros de tribunais internacionais, entre outros.
Somente é possível conhecer a identidade dos candidatos quando quem os propõe divulga tal informação, já que o Comitê do Nobel norueguês apenas apresenta o número total de candidatos e não confirma os nomes antes de decorrerem 50 anos.
Para o Nobel da Paz de 2018 há 329 candidatos, dos quais 217 são indivíduos e os demais organizações.
A Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (ICAN, na sigla em inglês) ganhou o Nobel da Paz no ano passado por alertar para “as catastróficas consequências humanitárias” desses arsenais e por seus esforços para conseguir um tratado que os proíba.