A Internacional Progressista (IP) publicou nesta sexta-feira uma carta assinada por 213 deputados de esquerda de 12 países na qual pedem aos seus respectivos governos que suspendam a venda de armas a Israel.
“Tomaremos medidas imediatas e coordenadas nas nossas respectivas legislaturas para evitar que os nossos países armem Israel”, afirmam os parlamentares na carta.
Os deputados, oriundos de países que exportam “armas ou peças” para Tel Aviv, segundo a IP, sustentam que não serão “cúmplices da grave violação do direito internacional por parte de Israel” e exigem um embargo de material bélico “imediato e coordenado”.
Esta organização, formada em 2020 para mobilizar forças progressistas de todo o mundo, engloba parlamentares de Brasil, Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Canadá, França, Holanda, Bélgica, Austrália, Turquia e Irlanda.
A IP lançou esta iniciativa depois de a Corte Internacional de Justiça (CIJ) ter emitido, no final de janeiro, medidas cautelares e vinculativas que exigem que Israel tome medidas para evitar um genocídio na Faixa de Gaza.
A este respeito, os legisladores afirmam que o embargo de armas deixou de ser “uma necessidade moral para se tornar uma exigência legal”.
“Nossas bombas e munições não deveriam ser usadas para assassinar, mutilar e desapropriar palestinos. Mas são. Sabemos que as armas letais e suas peças, fabricadas ou transportadas através dos nossos países, estão atualmente ajudando a levar a cabo o ataque israelense à Palestina, que ceifou mais de 30 mil vidas em Gaza e na Cisjordânia”, destacam os deputados.
Da mesma forma, denunciam que o governo israelense “continua com um ataque planejado a Rafah”, que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, “alertou que irá ‘aumentar exponencialmente o que já é um pesadelo humanitário’”.