Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Um membro do parlamento escocês mandou remover o whip — deputado encarregado de assegurar o comparecimento e a disciplina de voto dos outros eleitos pelo partido no sistema de Westminster — após comentários publicados na mídia social sobre o conflito entre Israel e Hamas.
O partido confirmou que tomou medidas após os comentários na mídia social do parlamentar de Shettleston, John Mason.
O whip foi removido “com efeito imediato”, disseram as autoridades.
Isso ocorreu depois que Mason reagiu às críticas sobre o encontro do secretário de Relações Exteriores da Escócia, Angus Robertson, com a vice-embaixadora de Israel, Daniela Grudsky.
Mason também se reuniu com o embaixador israelense e atraiu a fúria de membros de seu próprio partido depois de publicar nas mídias sociais: “Se Israel quisesse cometer genocídio, eles teriam matado dez vezes mais pessoas”.
Foi uma resposta à ex-deputada do Partido Nacional Escocês (SNP na sigla em inglês) Sandra White, que disse: “Sabemos o que os israelenses esperam alcançar; eles já estão cometendo genocídio em Gaza”, acrescentando que “crianças inocentes estão sendo massacradas”.
Ao remover Mason, um porta-voz do partido disse: “Desconsiderar levianamente a morte de mais de 40.000 palestinos é completamente inaceitável. Não pode haver espaço no SNP para esse tipo de intolerância”.
“O chefe de gabinete retirou hoje a função de whip de John Mason com efeito imediato, enquanto se aguarda o devido processo interno do grupo parlamentar.
“O grupo do SNP agora se reunirá para discutir o assunto, com uma recomendação de que a func1ão de whip seja suspenso de John Mason por um período fixo de tempo devido a esse comentário totalmente abominável.”
O ex-líder do SNP Westminster, Ian Blackford, criticou Mason, dizendo no X: “Mais de 40 mil mortos em Gaza e você tuíta isso. Você não está apto para um cargo público. Você é uma vergonha e não está apto a representar ninguém. Você glorifica a matança e o assassinato com seu comentário obtuso. Vá e faça isso agora.”
O primeiro-ministro escocês, John Swinney, disse que a reunião de Robertson com Grudsky foi “necessária” e permitiu que o governo escocês expressasse a necessidade de um “cessar-fogo imediato” em Gaza.
Sua intervenção ocorreu depois que o deputado verde escocês Ross Greer acusou o governo escocês de adotar uma “abordagem dupla” ao condenar publicamente as ações de Israel e, ao mesmo tempo, realizar reuniões secretas.