O Departamento de Estado dos EUA informou nesta sexta-feira (06) que está investigando a morte de uma ativista americana em Nablus, na Cisjordânia, por um tiro na cabeça disparado por um militar das Forças de Defesa de Israel (FDI).
A ativista Aysenur Egzi Eygi, de 26 anos, morreu devido a ferimentos graves após ser atingida por uma bala enquanto participava de uma manifestação pacífica contra os assentamentos de colonos israelenses.
Em breve comunicado por escrito de seu porta-voz, o Departamento de Estado diz que se trata de “uma morte trágica” para a qual está “coletando urgentemente informações sobre as circunstâncias” e que depois disso irá comentar o caso com mais detalhes.
A pasta afirmou que para o governo de Washington “não há prioridade maior do que a segurança dos cidadãos americanos” e enviou condolências à família de Eygi.
A ativista americana, de 26 anos e nascida na Turquia, estava participando da manifestação de Beta, em Nablus, contra a expansão dos assentamentos quando as forças israelenses reprimiram o protesto com munição real, granadas e gás lacrimogêneo. Uma das balas feriu fatalmente a jovem.
“A passeata semanal sempre enfrenta fogo real porque não há nenhuma maneira legal de os palestinos se manifestarem sob o domínio militar israelense na Cisjordânia”, escreveu na rede social X (ex-Twitter) Alon Lee Green, ativista israelense e codiretor do movimento pacífico Standing Together.
Um palestino de 18 anos também foi ferido por estilhaços no incidente, de acordo com a agência de notícias palestina Wafa.
Eygi foi levada às pressas para o hospital Rafidia, em Nablus, onde foi internada na unidade de terapia intensiva. Os esforços médicos não conseguiram salvá-la devido aos graves ferimentos na cabeça, de acordo com fontes médicas.
A jovem estava trabalhando como voluntária do Movimento de Solidariedade Internacional em uma campanha para proteger os agricultores palestinos dos colonos israelenses.