Departamento de Estado americano pede que cidadãos reconsiderem viajar à China em meio a surto de vírus

28/01/2020 17:10 Atualizado: 28/01/2020 17:10

Por Jack Phillips, Epoch Times

O Departamento de Estado dos Estados Unidos pediu aos cidadãos americanos que considerem não viajar para a China em meio ao surto potencialmente mortal do coronavírus.

O alerta dado na segunda-feira à tarde aconselhou os americanos a “reconsiderar viajar para a China devido ao novo coronavírus” e elevou o alerta de viagem de nível três para quatro. Um aviso de nível quatro do Departamento de Estado pede que as pessoas não viajem de forma alguma para um país – esse nível de alerta é normalmente reservado para países em meio a guerras ou inseguranças, como Afeganistão, Sudão do Sul, República Centro-Africana e Iêmen.

Um surto de uma nova e misteriosa cepa de coronavírus se espalhou pela cidade de Wuhan, na província de Hubei, no centro da China. A agência alertou: “Não viaje para a província de Hubei, na China” ou para Wuhan.

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“As autoridades chinesas impuseram restrições estritas às viagens na área de Wuhan. Os viajantes devem estar cientes de que o regime chinês pode impedi-los de entrar ou sair de regiões da província de Hubei. Os viajantes devem estar preparados para que as restrições de viagem sejam aplicadas com pouco ou nenhum aviso prévio”, de acordo com o boletim.

Mulher verifica a temperatura através da testa de seu filho na cidade fechada de Wuhan, na China, em 27 de janeiro de 2020 (Getty Images)
Mulher verifica a temperatura através da testa de seu filho na cidade fechada de Wuhan, na China, em 27 de janeiro de 2020 (Getty Images)

O Departamento de Estado afirmou que, se uma pessoa viajar para a China, deve evitar o contato com pessoas visivelmente doentes, evitar o contato com animais vivos ou mortos, lavar as mãos frequentemente com água e sabão e informar o médico com antecedência.

Isso aconteceu depois que a agência anunciou que fretaria um único voo de Wuhan para San Francisco para evacuar diplomatas e cidadãos interessados que estão em meio ao surto.

“O Departamento de Estado está fazendo acordos para realocar sua equipe no Consulado Geral dos Estados Unidos em Wuhan”, disse a agência. “Prevemos que haverá uma capacidade limitada para o transporte de cidadãos norte-americanos em uma base reembolsável em um único voo saindo do Aeroporto Internacional Wuhan Tianhe”, de acordo com o comunicado divulgado na terça-feira, 28 de janeiro.

Primeiro, o voo terá que fazer uma parada no Aeroporto Internacional de Anchorage, no Alasca, de acordo com o escritório do governador.

“Dada a proximidade entre o Alasca e a Ásia, fomos solicitados a ajudar nossos parceiros federais nesse esforço para facilitar a viagem da China de regresso aos Estados Unidos a fim de trazer esses cidadãos americanos de volta para casa”, disse o governador Mike Dunleavy em um comunicado ao anunciar a medida. “O Estado do Alasca, em cooperação com nossos parceiros locais, federais e tribais, tem trabalhado em estreita união para garantir a saúde e a segurança de todos os residentes do Alasca, além de ajudar com essa solicitação”.

Até o momento, foram confirmados cerca de cinco pacientes com coronavírus nos Estados Unidos. Estes foram confirmados no condado de Maricopa, no Arizona, e dois no sul da Califórnia. No caso de Maricopa, de acordo com um comunicado publicado domingo pelo Departamento de Serviços de Saúde do Arizona, o paciente é “um membro da comunidade da Universidade Estadual do Arizona que não mora no campus”. As três pessoas viajaram recentemente para Wuhan, disseram autoridades.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças confirmaram em novos relatórios nesta segunda-feira que aproximadamente 110 pessoas nos Estados Unidos foram testadas para o vírus.