O presidente do Peru, Pedro Castillo, afirmou nesta terça-feira (11) que não vai pedir asilo ou deixar o país, horas depois de a procuradora-geral, Patricia Benavides, apresentar uma denúncia constitucional no Congresso contra ele por liderar uma suposta rede de corrupção enquanto está no poder.
“Não vou deixar o país e, como sempre dissemos, nos submetemos a todo tipo de investigação. Foi o que fizeram no ambiente familiar, estão fazendo no ambiente ministerial, porque sabemos que não existe uma base real”, disse Castillo em entrevista coletiva com correspondentes internacionais quando perguntado diretamente se ele planejava pedir asilo em outro país.
Castillo afirmou que “alguns juízes se tornaram altamente politizados”, mas reiterou que não tem “medo de ninguém”.
“Estas acusações que estão sendo feitas são orquestradas, são planejadas, e vamos continuar a lutar”, declarou o presidente peruano sobre as investigações preliminares que o Ministério Público abriu contra ele por supostamente liderar uma organização criminosa no governo.
O presidente peruano, que pouco antes havia assegurado que no país “a execução de uma nova forma de golpe de Estado começou”, ressaltou a necessidade de “todas as acusações serem provadas primeiro”.
De manhã, o Ministério Público, com o apoio de uma equipe especial de polícia, fez buscas em escritórios e residências de seis congressistas do partido centrista Ação Popular (AP) supostamente ligados a casos de corrupção e na casa da irmã do presidente.
Em pronunciamento logo após a operação, Benavides afirmou que “foram encontrados sinais sérios e reveladores de uma suposta organização criminosa no governo” e denunciou a existência de uma “constante e feroz obstrução de justiça” por parte de seus integrantes.
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