Uma delegação do grupo terrorista Hamas, liderada pelo chefe do seu gabinete político, Ismail Haniyeh, chegou nesta quarta-feira ao Cairo para discutir com altos responsáveis da inteligência do Egito uma possível trégua na Faixa de Gaza, além de uma nova troca de prisioneiros, informaram à Agência EFE fontes próximas das negociações.
Segundo essas fontes, a delegação do Hamas se reunirá em breve com o chefe da inteligência egípcia, Abbas Kamel, para abordar um possível acordo de trégua que levaria à libertação dos reféns detidos pelo movimento islâmico no enclave palestino.
Durante as reuniões será discutida a proposta de acordo apresentada pelo Catar para uma nova trégua e troca de reféns por prisioneiros palestinos nas prisões israelenses, algo que Haniyeh afirmou ontem que o movimento “está estudando” e que “responderá em breve”.
De acordo com as fontes, que pediram para não ser identificadas, o Hamas dará uma resposta ao Egito sobre se aceita ou não esta proposta, embora o grupo terrorista palestino já tenha antecipado que exige a retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza.
Além de Haniyeh, a delegação do Hamas é composta pelo seu assessor, Taher al Nono; o membro do gabinete político Ezat Risheq; e o poderoso líder Jalil al Haya.
O acordo proposto inclui a troca de reféns por prisioneiros em várias etapas e, na primeira fase, estipularia a libertação de 35 civis detidos pelo Hamas em troca da cessação completa das operações de Israel durante 45 dias, segundo as fontes.
Além disso, inclui a libertação de cerca de 100 prisioneiros palestinos em troca de cada refém libertado pelo Hamas, ao mesmo tempo em que contempla um aumento na entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Na segunda fase, os soldados seriam libertados, enquanto a última fase incluiria a transferência dos corpos dos reféns que morreram durante seu cativeiro no enclave palestino.
Israel e Hamas chegaram a um único acordo de trégua de uma semana, entre 24 e 30 de novembro, que pôs fim aos combates e permitiu a troca de 105 reféns, incluindo alguns estrangeiros, por 240 prisioneiros palestinos; algo que não se repetiu desde então.