Por EFE
Assunção, 8 mar – A defesa de Ronaldinho Gaúcho descreveu neste domingo como “arbitrária, abusiva e ilegal” a prisão preventiva contra o ex-jogador e seu irmão por ter entrado no Paraguai com passaportes falsificados, então amanhã ele pedirá sua anulação.
Ronaldinho e Roberto Assis, que também é seu representante, passaram a segunda noite em uma prisão policial em Assunção, depois que a juíza de garantias Clara Ruiz decretou ontem a prisão preventiva deles.
“Ronaldo e Roberto não sabiam que os passaportes eram irregulares. Para eles eram regulares”, disse o advogado Sergio Queiroz, hoje, durante entrevista coletiva.
Em seguida, Queiroz insistiu que os irmãos estavam lidando com a possibilidade de estabelecer negócios no Paraguai, por isso receberam “de boa fé” os passaportes e carteiras de identidade do Paraguai que lhes foram apreendidos na última quarta-feira, depois de chegarem a Assunção.
“Por mais que Ronaldo não tenha negócios no Paraguai, ele está sempre interessado”, disse Queiroz, enfatizando que a prisão não é compatível com o crime que está sendo investigado.
“Eles usaram um passaporte paraguaio. Eles não estão sendo processados por nada diferente de outros esquemas criminosos”, disse o advogado, insistindo que a medida de prisão preventiva é “arbitrária, abusiva e ilegal”.
A defesa de Ronaldinho se baseia na decisão do promotor Federico Delfino, que recomendou “uma saída abreviada”, e do juiz criminal Mirko Valinotti, que embora tenha encaminhado o caso à Procuradoria-Geral da República na sexta-feira, disse que os acusados estavam livres de movimento.
Hoje, Ronaldinho e Assis receberam a visita do ex-zagueiro paraguaio Gamarra, com passagens pelo Internacional, Corinthians, Flamengo e Palmeiras.