As Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança liderada pelos curdos, anunciaram nesta terça-feira (03) que “se tornaram responsáveis” por sete localidades no leste da Síria, que eram anteriormente controladas pelas forças do regime sírio e pelas milícias iranianas.
“Confirmamos que as nossas forças se tornaram responsáveis pela salvaguarda das populações das aldeias de Salhiya, Tabia, Hatla, Khesham, Marrat, Mazloum e Husseiniya, na periferia oriental (da província) de Deir Ezzor”, afirmou o comunicado das FSD.
As FSD acrescentaram na nota que decidiram agir “à luz da grave situação de segurança decorrente dos recentes acontecimentos no oeste da Síria, em particular na região de Badia (deserto), e da existência de uma grave ameaça relacionada com o movimento iminente de grandes células terroristas do (grupo terrorista Estado Islâmico) EI para controlar áreas geográficas desprotegidas, especialmente no norte e leste de Deir ez-Zor”.
Segundo o grupo, apoiado pelos Estados Unidos, a mobilização das suas forças nestas aldeias “responde aos apelos e súplicas urgentes da população local, após o aumento dos riscos potenciais de o EI explorar os acontecimentos no oeste do país”.
A declaração é assinada pelo Comando do Conselho Militar de Deir ez-Zor, formado por árabes e componentes das FSD, que controla aquela área ao leste do rio Eufrates.
As sete aldeias às quais se refere estão entre as poucas que as forças do governo sírio ainda controlavam na região e onde estavam posicionadas as milícias iranianas, principal apoio juntamente com os russos, do líder sírio, Bashar al Assad.
Em relação ao Estado Islâmico, a organização extremista chegou a ocupar aquela zona do leste da Síria e foi expulsa territorialmente em 2019 em uma batalha liderada pelas FSD e pela coligação internacional anti-jihadista liderada por Washington.
Atualmente, os jihadistas estão posicionados em diferentes partes do extenso deserto sírio, onde por vezes lançam ataques contra as tropas sírias.
