Cuba pede adesão ao BRICS como “país parceiro” na busca de influência global

O bloco de economias emergentes é formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul; Argentina foi convidada, mas não aceitou

Por Redação Epoch Times Brasil
08/10/2024 18:35 Atualizado: 08/10/2024 18:35

Em carta enviada nesta segunda-feira (7) ao líder da Rússia, Vladimir Putin, a ditadura de Cuba pediu oficialmente para ingressar no BRICS, o grupo de economias emergentes, como “país parceiro”.

A divulgação foi feita nesta terça-feira (8) pelo ministro das Relações Exteriores de Cuba, Carlos Miguel Pereira: “O Brics está se consolidando como um ator-chave na geopolítica global e esperança para os países do Sul”, afirmou o cubano. 

A Rússia ocupa a presidência rotativa do bloco desde o início deste ano. As tentativas de aproximação de Pereira com Putin ocorrem a duas semanas da reunião anual da cúpula dos membros do Brics, marcada para os dias 22 a 24 de outubro na cidade russa de Kazan.

O movimento de interesse de Cuba acontece após o Azerbaijão confirmar que também busca a adesão ao bloco, depois de uma reunião entre Putin e o presidente azeri Ilham Aliyev. 

Além disso, o primeiro-ministro da Malásia, Anwar bin Ibrahim, conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre sua intenção de se unir ao grupo.

A adesão ao Brics é por convite. No início deste ano, Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos tiveram a oportunidade de se juntar ao bloco. A Argentina também foi convidada, mas optou por não aceitar.

Recentemente, a Turquia apresentou um pedido para se tornar membro pleno, e a solicitação está sendo analisada pela Rússia.

Criado em 2009 para promover a cooperação econômica, política e cultural entre seus membros e aumentar a influência desses países na arena global, o Brics é um grupo de economias emergentes formado inicialmente por Brasil, Rússia, Índia e China; no ano seguinte, a África do Sul se juntou ao bloco.