Cuba diz não se opor a atuação de seus cidadãos na guerra na Ucrânia pelo lado da Rússia

Por Agência de Notícias
15/09/2023 16:50 Atualizado: 15/09/2023 16:50

O embaixador de Cuba em Moscou, Julio Antonio Garmendia Peña, disse nesta quinta-feira que o país caribenho não se opõe à participação legalizada de seus cidadãos na guerra na Ucrânia pelo lado da Rússia.

“Não temos nada contra os cubanos que simplesmente querem assinar um contrato e participar legalmente com o exército russo nessa operação”, disse ele à agência oficial de notícias russa “RIA Novosti”.

O embaixador acrescentou que Havana só se opõe a atividades ilegais, como as praticadas por uma rede criminosa recentemente desmantelada no país.

“Mas somos contra a ilegalidade dessas operações (de redes criminosas de cooptação de combatentes). Estamos falando de pessoas más que, com base em uma questão tão importante como as relações entre nossos países, querem ganhar dinheiro, querem embolsar dinheiro”, disse.

Garmendia Peña enfatizou que tais atividades “não têm nada a ver com o campo jurídico” e acrescentou que “canalhas e criminosos estão em toda parte”.

Recentemente, as autoridades do cubanas desmantelaram uma rede que recrutava cubanos para lutar na Ucrânia, em uma operação na qual 17 pessoas foram presas.

Cuba apoiou a invasão militar da Rússia na Ucrânia desde o início, mas tradicionalmente condena as atividades de mercenários estrangeiros.

Nos últimos meses, as autoridades russas atraíram vários estrangeiros para assinarem contratos profissionais com o exército russo em troca da promessa de cidadania em um prazo de um ano, após seis meses de serviço.

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