Por Agência EFE
A ex-presidente e atual senadora da Argentina, Cristina Kirchner, e seus filhos, Máximo e Florencia, serão julgados por corrupção por utilizarem uma empresa da família para realizar lavagem de dinheiro.
A decisão foi tomada nesta quarta-feira (3) pelo juiz Julián Ercolini, que determinou que outras 20 pessoas se sentem no banco dos réus, entre elas o empresário Lázaro Báez — em prisão preventiva desde 2016 —, ligado à família Kirchner.
A empresa Los Sauces, fundada em 2006 por Cristina, Máximo e pelo ex-presidente Néstor Kichner, administra os bens imobiliárias da família e é investigada por lavar dinheiro obtido em transações com empresários ligados ao kirchnerismo.
Por meio da Los Sauces, Cristina teria adquirido uma série de propriedades e hotéis na província de Santa Cruz e na cidade de Buenos Aires, segundo o juiz. Já Máximo, de 41 anos, atualmente deputado, é acusado de ser o organizador do esquema. Florencia, por sua vez, será julgada por associação ilícita.
Além disso, também foram acusados os empresários Cristóbal López e Fabián de Sousa e uma sobrinha da ex-presidente, Romina Mercado.
Cristina responde a seis processos na Justiça argentina — a maioria por corrupção — e será levada a julgamento em quatro deles. O único que já tem data marcada começará em 26 de fevereiro, por supostamente ter liderado uma formação de quadrilha e fraude na concessão de obras públicas quando era presidente.