Crimeia e sul da Rússia sofrem com suas piores tempestades em mais de 100 anos

Por Agência de Notícias
27/11/2023 20:53 Atualizado: 27/11/2023 20:53

A pior tempestade da história das observações meteorológicas na Rússia está castigando a península da Crimeia e a região de Krasnodar, no sul do país, com rajadas de vento de até 144 km/h, o que já causou a morte de quatro pessoas e deixou mais de 1 milhão sem eletricidade.

“Vivenciamos um verdadeiro armagedom, nem mesmo as pessoas mais velhas da região se lembram de ventos tão fortes e ondas tão grandes. Essas coisas já aconteceram antes, mas nunca tamanha destruição”, afirmou o chefe do Parlamento da Crimeia, Vladimir Konstantinov.

Autoridades locais relataram a morte de duas pessoas na Crimeia. Um marinheiro no Estreito de Kerch, que separa a península do continente russo, e outra pessoa que saiu para caminhar no resort de Morske, no mar Negro.

Em Krasnodar, uma pessoa foi morta pela queda de uma árvore no resort de Sochi, e outra morreu no Istmo de Sudhuksk.

Devido ao mau tempo, as autoridades da Crimeia declararam ponto facultativo hoje na região. O governador de Sevastopol, Mikhail Razvozhaev, declarou estado de emergência na cidade portuária, onde está sediada a Frota Russa do Mar Negro.

Danos materiais graves

Ventos com força de furacão derrubaram 189 árvores e danificaram os telhados de 42 prédios residenciais, e mais de 700 animais marinhos foram mortos por inundações em um dos salões do Museu-Aquário de Sevastopol, escreveu Razvozhaev na plataforma de mensagens Telegram.

Os serviços de emergência russos relataram danos em 307 localidades da Crimeia e inundações no porto de Eupatoria, na costa oeste da península e cerca de 60 quilômetros ao norte de Sevastopol.

Para aliviar as consequências da tempestade que ainda assola a região, o Departamento de Emergências enviou mais de 1.300 pessoas e 432 equipes para a área do desastre, acompanhadas por 183 brigadas de eletricistas.

No total, o vice-ministro de Energia da Rússia, Yevgeny Grabchak, disse que “cerca de 1,2 milhão de pessoas estão sem eletricidade”.

“Esperamos que, graças aos esforços combinados dos eletricistas e das autoridades regionais, possamos restaurar a energia dentro de dois ou três dias”, acrescentou.

O presidente russo, Vladimir Putin, discutiu o desastre natural com as autoridades locais e instruiu o governo central a atender rapidamente às necessidades das regiões afetadas.

De acordo com o Serviço Meteorológico Russo, o mau tempo continuará por pelo menos mais dois dias e só começará a mudar na quinta-feira.

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