Por Anastasia Gubin, Epoch Times
Sob o slogan “O aborto não é legal, é letal”, a “Marcha pela Vida” contra o aborto legalizado teve uma participação massiva dos cidadãos nas ruas de Buenos Aires e pelo menos 200 cidades do país neste sábado, antecipando o Festival de 25 de março, data em que comemora-se o “dia do feto”.
As imagens revelam que mais e mais pessoas no país estão se unindo contra a prática denunciada como “a morte de um ser inocente”.
Adornado com “lenços azuis”, o público argentino manifestou-se contra o projeto de lei que busca a legalização do aborto e a “revogação imediata” do Protocolo para o Atendimento Integral das Pessoas com Direito à Interrupção Legal da Gravidez, informou a mídia Puntal.
“Não ao aborto, diz toda gente. Sim à vida, senhor presidente”, gritavam nas ruas.
#YoMarchoPorLaVida fue multitudinaria y cada vez #LaOlaCeleste crece más. Esto se replicó en todas las ciudades del país. Hay un despertar de la conciencia para cuidar las Dos Vidas, porque la Vida es el primer derecho humano. Sigamos haciendo historia. #ArgentinaEsProvida pic.twitter.com/rNJM8Cz0Oc
— Mariano Obarrio (@marianoobarrio) March 23, 2019
Desde quando matar os seres humanos mais vulneráveis se tornou a melhor opção? Ninguém deveria poder decidir sobre a morte de outro ser humano. Não podemos permitir que o Estado decida. Muito menos que decida de acordo com “o que pede determinado grupo”, disse a ex-vice Cynthia Hotton, que participou da mobilização.
A ex-parlamentar salientou que o que se busca são “políticas públicas que protejam os direitos de mulheres e de crianças que vão nascer”. Previnam o aborto clandestino e ilegal, em vez de promovê-lo. Extensas melhorias para a ESI, sistemas de adoção e assistência à maternidade vulnerável”, na seguinte mensagem do Twitter.
Por políticas públicas que protejan los derechos de mujeres y niños por nacer. Que prevengan el aborto clandestino y legal, en lugar de promoverlo.
Amplias mejoras para la ESI, los sistemas de adopción y de cuidado de la maternidad vulnerable.#YoMarchoPorLaVida pic.twitter.com/TKaAGTZsGM— Cynthia Hotton (@CynthiaHotton) March 23, 2019
O grupo Jovens Pró Vida e a Associação Salvemos as Duas Vidas se reuniram na Plaza Italia acompanhados de um caminhão e um trailer no qual carregavam uma boneca gigante representando um feto que foi batizado de “Alma”. De lá eles caminharam em direção à Faculdade de Direito da UBA.
A Constituição e o Código Civil e Penal da Argentina afirmam que “a vida começa no momento da concepção”, então o movimento Pró-Vida em um comunicado exigiu a elaboração de políticas públicas abrangentes para “acompanhar as mulheres em situação de vulnerabilidade e a promoção e o desenvolvimento da infância em risco”, relatou a mídia argentina.
O líder do grupo Mais Vida, Ayelén Alancay, durante um discurso no evento, convocou as pessoas a denunciar os locais onde são feitos abortos clandestinos, relatou a mídia It9. A organização tem um serviço que recebe denúncias anônimas.
“Nos enche de alegria e esperança ver a Argentina mobilizada na defesa de todas as vidas. O protocolo do aborto é um erro e, a cada dia, mais e mais vidas são cobradas. Nós, argentinos, queremos viver, não queremos o aborto. Não importa se você nasceu de uma gravidez planejada ou inesperada, você tem o direito de viver”, disse o líder, segundo It9.
Una vez más, marchamos unidos para defender la vida de los argentinos
“A Argentina diz não ao aborto e não à ideologia de gênero”, escreveu um usuário ao compartilhar suas fotos.
Hoy millones de personas marcharon para mostrar la verdadera opinión pública.
Argentina le dijo y le sigue diciendo NO al aborto, daremos lucha hasta el final.#YoMarchoPorLaVida #SalvemosLasDosVidas pic.twitter.com/EWxki1ge0y
— Francisco Peláez (@RealFranD) March 24, 2019
“Fiquei arrepiado ao ver as fotos e vídeos sobre a marcha de hoje, ao ver todas essas pessoas que vieram defender a vida”, disse outro comentário.
Es emocionante ver los millones de argentinos que defienden las 2 vidas y que se hacen notar a lo largo y ancho del país. #SiALaVida #NoAlAborto #YoMarchoPorLaVida pic.twitter.com/Aw9Ms7mvU8
— Juan José Gómez Centurión (@juanjomalvinas) March 23, 2019
Um grupo holandês enviou a seguinte imagem em seu Twitter em apoio à iniciativa na Argentina.
BRAVO ARGENTINA!!
We are with you
Tradicionalmente, o aborto médico é consentido apenas nos casos em que a vida da mãe está em perigo. No ano passado, a Câmara dos Deputados da Argentina aprovou um projeto de lei para legalizar o aborto por até 14 semanas, mas foi derrotado no Senado sob forte pressão de seus opositores: anteriormente o aborto havia sido legalizado em casos de estupro, informou a Agência AFP.
Um estudo realizado pelos pesquisadores da Such-Baer, em 1974, relatou que “quase todos os profissionais envolvidos no trabalho abortivo reagiram com sentimentos negativos”. Eles afirmaram que aqueles que têm contato com o lixo fetal têm sentimentos negativos maiores do que aqueles que não entram em contato. “Todas as reações emocionais foram unânimes, extremamente negativas”.
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