Covid-19: documento ‘exclusivo’ da CNN mostra que Trump estava certo

01/12/2020 18:33 Atualizado: 01/12/2020 18:33

Por Bruna de Pieri, Terça Livre

CNN Internacional revelou com “exclusividade” na segunda-feira, 30, que a China omitiu cerca de um terço dos casos de Covid-19 no início da pandemia, para a surpresa de zero pessoas.

De acordo com as informações que constam em um documento sigiloso, autoridades de saúde de Hubei, onde o vírus foi detectado pela primeira vez, registravam 5.918 casos de Covid-19 em 10 de fevereiro. O número era o quase o dobro do que foi anunciado: 3.911 casos.

“Em vários momentos críticos na fase inicial da pandemia, os documentos mostram evidências de erros claros e apontam para um padrão de falhas institucionais”, informou a CNN.

Um relatório nos documentos do início de março diz que o tempo médio entre o início dos sintomas e o diagnóstico confirmado foi de 23,3 dias, o que os especialistas disseram que a CNN teria dificultado significativamente as medidas para monitorar e combater a doença.

O regime chinês foi acusado pelos Estados Unidos de omitir informações sobre a covid-19. Em junho, o Ministério das Relações Exteriores do país declarou que sempre forneceu informações à comunidade internacional de maneira “oportuna, aberta e transparente” para combater a pandemia.

“EXCLUSIVO”?

A CNN divulgou como “exclusivo” o acervo de documentos vazados que mostram que a China subnotificou os números da Covid-19, levou semanas para diagnosticar novos casos e não divulgou o em dezembro em Hubei.

O senador americano Ted Cruz compartilhou a informação e escreveu “Exclusivo?”.

O questionamento ocorre porque em abril os Estados Unidos acusaram a China de ter mentido sobre os números do balanço de vítimas, subnotificando o total de casos.

À época, questionado durante entrevista coletiva, o presidente Donald Trump comentou que os “números pareciam um pouco subestimados”. O documento da CNN mostra que Donald Trump sempre esteve certo.

A Inteligência do país estimava que os números de mortes e casos de contágio publicados por Pequim são falsos, intencionalmente abaixo da realidade, informou a Bloomberg.

“O Partido Comunista Chinês mentiu e continuará mentindo sobre o coronavírus para proteger o regime”, declarou então o senador republicano Ben Sasse.

Bolsonaro também questionou

Em janeiro, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro também levantou dúvidas sobre os dados apresentados pela China.

“A gente espera que os dados da China sejam reais, (que seja) só isso de pessoas contaminadas. Se bem que é bastante. Mas a gente sabe que esses países são mais fechados no tocante à informação”, disse Bolsonaro.

 

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